Comprar ou vender?

3 perguntas para Enauta (ENAT3) responder depois de achar petróleo no Campo de Atlanta

24 maio 2023, 15:30 - atualizado em 24 maio 2023, 15:30
Empresas, Enauta ENAT3
A Enauta divulgou ao mercado que identificou óleo em intervalo de 57m com “excelentes propriedades petrofísicas” (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

petróleo encontrado pela Enauta (ENAT3) em uma nova acumulação na área em implantação do Sistema Definitivo do Campo de Atlanta deve ter impacto positivo para a companhia, segundo analistas.

Contudo, o ativo só deve afetar a receita e lucro da companhia no médio a longo prazo.

Na véspera, a Enauta divulgou ao mercado que foi concluída a perfuração e perfilagem do poço piloto 9-ATL-8DP e identificou óleo em intervalo de 57m (profundidade medida) com “excelentes propriedades petrofísicas”.

A acumulação se situa em profundidade de 2.644m e, segundo estimativas da petroleira, os recursos in place da acumulação superam 230 milhões de barris de óleo.

Para Gustavo Gomes, especialista de Renda Variável e sócio da Acqua Vero, “a nova descoberta pode ajudar a empresa no futuro”, principalmente após um 1T23 “um pouco defasado”, impactado por uma produção menor.

A descoberta também “é muito relevante”, porque os números anunciados conseguem mais do que dobrar a produção que ela tem hoje, pontua Gomes.

O especialista explica, no entanto, que transformar o petróleo em receita – e, consequentemente, em lucro – é um processo demorado, que dura de dois a três anos.

Até lá, ele avalia que três perguntas devem ser analisadas:

  • Quando esse petróleo poderá ser extraído?
  • Qual será o preço para extrair?
  • Esse processo vai impactar as margens da companhia?

Neste momento, Gustavo Gomes pontua que a principal questão para a Enauta é “conseguir extrair [o petróleo] de uma maneira estratégica”, com uma margem relevante para, então, o ativo se tornar receita e lucro no futuro.

O Bank of America manteve a recomendação de compra para as ações da companhia, com um preço-alvo de R$ 26.

Leonardo Marcondes, analista do banco, ressalta que o maior potencial de reserva e a recente extensão da vida útil da concessão do campo de Atlanta até 2044 também melhoraram a visibilidade de longo prazo para a Enauta.

Enquanto isso, “a diversificação de ativos e os desafios operacionais continuam sendo os principais riscos”, pontua.

Repórter
Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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