Economia

Aberdeen e UBS apostam em ações de valor de mercados emergentes

01 dez 2020, 11:00 - atualizado em 01 dez 2020, 11:00
Ibovespa Mercados Ações
É um bom sinal para as chamadas ações da velha economia, as quais investidores venderam durante o choque inicial da pandemia (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Ações de valor de países em desenvolvimento podem ganhar destaque.

Como o avanço das vacinas alimenta o otimismo de que o retorno à normalidade irá sustentar a recuperação econômica global, a Aberdeen Standard Investments e a UBS Global Wealth Management dizem que o desempenho das ações de valor vai superar o de papéis do setor de crescimento.

É um bom sinal para as chamadas ações da velha economia, as quais investidores venderam durante o choque inicial da pandemia, disse Nick Robinson, que administra cerca de US$ 30 bilhões em ações de mercados emergentes na Aberdeen, em Londres.

“O que vemos é a reversão de algumas tendências que tivemos na maior parte do ano”, disse em entrevista. “As ações da velha economia se saem melhor, em parte porque, com uma vacina, o futuro não chega tão rápido quanto chegava com os lockdowns.”

Banco Bradesco e China Resources Land estão entre as empresas com valuations mais baixos, disse Robinson. Ele também gosta do Sberbank, da Rússia, já que o país se beneficia da recuperação dos preços do petróleo.

O índice MSCI para ações de valor de mercados emergentes está perto de compensar as perdas do ano depois da queda em março para o menor nível desde 2009, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Por outro lado, um índice semelhante para ações de crescimento de países em desenvolvimento subiu mais de 23% no acumulado do ano, apesar da onda vendedora anterior.

Ações de valor de países em desenvolvimento também podem receber impulso diante do desconto de 75% da relação preço da ação/valor patrimonial em comparação com papéis de crescimento, de acordo com Alejo Czerwonko, diretor de investimentos de mercados emergentes para as Américas da UBS Wealth Management, em Nova York.

A empresa espera que os lucros de setores de valor, como financeiro, energia, matérias-primas e imobiliário, aumentem com a recuperação global, escreveu em relatório.

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