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Ação que desaba 21% desde máxima, cai mais 10% nesta quarta (8); ainda não é o fundo do poço, veem analistas

08 nov 2023, 14:26 - atualizado em 08 nov 2023, 15:48
Dexco
(Imagem: Dexco/Divulgação)

Dexco (DXCO3) despencava 10,60%, cotada a R$ 6,75, por volta das 14h do pregão desta quarta-feira (8). Desde a máxima deste ano até o último fechamento (7), as ações acumulam queda de 20,6%.

O movimento de hoje vem após a companhia divulgar o balanço do terceiro trimestre do ano (3T23). A Dexco reportou lucro líquido recorrente de R$ 94,8 milhões, queda de 41,8% frente ao mesmo período de 2022.

O Ebitda ajustado recorrente encolheu 30,7%, com queda em margem, enquanto a receita líquida consolidada caiu 18,2%, com declínio no volume expedido em Deca, revestimentos cerâmicos e painéis.

A companhia também encerrou setembro com dívida líquida de R$ 4,7 bilhões, aumento de 22,9%. A alavancagem saltou a 3,47 vezes, de 1,96 vez um ano antes.

Analistas do JP Morgan consideram o balanço “negativo” e afirmam esperar uma revisão para baixo nas projeções de mercado.

Já Rafael Barcellos e Arthur Biscuola, do Santander, destacam que os fundamentos fracos persistem em todas as divisões da Dexco. O banco tem recomendação neutra para a ação, com preço-alvo em R$ 6 — prevendo queda de mais 20,5%.

Os números da Dexco no 3T23

O destaque negativo da Dexco no período foi o resultado da Deca, que registrou o segundo trimestre consecutivo de Ebitda negativo, avaliam os analistas do Santander. Eles destacam ainda que as taxas de utilização da unidade atingiram 49%.

A divisão de revestimentos cerâmicos da Dexco apresentou outro conjunto de resultados fracos, com a margem Ebitda persistindo em níveis baixos de 5% — frente a 22% no trimestre passado.

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Quanto à divisão painéis de madeira, o Ebitda caiu 17%, para R$ 286 milhões. O que, segundo os analistas, é explicado pelos preços realizados mais fracos — queda de 9% no trimestre — e pela menor venda de excedentes de madeira.

O fluxo de caixa livre (FCF) também foi negativo, em R$ 29 milhões, elevando o índice de alavancagem para 3,5x ND/Ebitda.

*Com informações da Reuters

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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