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“Acho que o SBF mentiu para seus funcionários, acionistas, reguladores e usuários”, diz CZ no Twitter

14 nov 2022, 14:24 - atualizado em 16 nov 2022, 12:45
Changpeng Zhao Binance FTX
(Imagem: Binance/Blog)

Em um de seus AMAs (Ask me Anything) que aconteceu nesta segunda-feira (14) no Twitter da Binance, o CEO, Changpeng Zhao, diz acreditar que o ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried [SBF], mentiu para todos, incluindo seus funcionários.

Zhao disse ter algumas crenças angustiantes sobre a queda da FTX, e disse que: “Acho que o SBF mentiu para seus funcionários, acionistas, reguladores e usuários”.

A acusação é muito séria, uma vez que o ex-CEO já está sob supervisão e investigado em Bahamas, onde era a sede principal de sua empresa.

Diversos fatos separados podem intrigar os investigadores, como o suposto hack que movimentou mais de US$ 600 milhões para fora da corretora no último sábado (12) e uma empresa de valor de mercado de US$ 32 bilhões agora valer apenas US$ 1 dólar.

FTX Binance

Segundo o comunicado do próprio Bankman-Fried em seu pedido de desculpas publicado no Twitter, ele foi apenas inocente, e não percebia o buraco na liquidez que estava cavando.

O CoinDesk noticiou nesta segunda-feira (14) que a Visa rescindiu os contratos globais que tinha com a corretora

“Rescindimos nossos acordos globais com a FTX e seu programa de cartão de débito nos EUA está sendo encerrado pelo emissor”, disse um porta-voz da Visa ao CoinDesk.

Para Sebastián Serrano, CEO da Ripio, o buraco é mais embaixo, e provavelmente veremos mais empresas que estavam investidas em FTX, sofrendo com a crise. Veja entrevista completa aqui

Players do mercado comentam o caso FTX

Nicole Dyskant, chefe global do jurídico e compliance da Hashdex, comenta sobre o caso da FTX.

Para ela, a insolvência de um participante tão relevante no ecossistema global de cripto, seguida de outros menores e de médio porte, deixou óbvio para todos que regulação, supervisão e enforcement são urgentes.

“Diversos players, sobretudo investidores institucionais, já vinham demandando fortemente um conjunto de regras claras para regular os prestadores de serviços de ativos digitais (globalmente conhecidos como VASPs) e os emissores de stablecoins. Como esse evento prova, a indústria cripto —  já há algum tempo — é muito relevante para ser ignorada, especialmente pelos governos e reguladores das grandes economias mundiais”, diz.  

Esse episódio vai, com certeza, acelerar a regulação, pois nenhum investidor profissional vai alocar dinheiro sério em cripto sem uma regulação, conforme coloca.

Ela entende que existem pontos que, em tese, teriam sido capazes de garantir mais proteção aos investidores, com margens de garantia, monitoramento por regulador ou autorregulador e controles de alavancagem e liquidez.

“Outro ponto que tem se discutido é aumentar o escopo e o poder da autorregulação para ativos digitais. Nos US está se falando de uma possível articulação da SEC com a CFTC para regulação de spot e futuros com a criação de um SRO que entendesse de tecnologia mais diretamente”, complementa.

Importante é aproveitar esse movimento de crise para de fato agir e não deixar que seja em vão. “Mas claro é preciso ver se vamos regular com marteladas ou com sandbox”.

“Essa crise mostra mais uma vez que estamos diante de um fenômeno global e efeitos extraterritoriais vão ser muito desafiadores. Então, o esforço regulatório tem que ser global. Tem que haver ainda mais coordenação entre os reguladores e organismos de cooperação internacional”, finaliza.

Sam-Bankman tem atividade estranha no Twitter.

O ex-CEO foi hoje ao Twitter, mas parece não estar falando algo concreto. Banman-Fried vêm desde ontem publicando uma linha na rede social com frases e palavras aparentemente desconexas.

“1) What

2) H”, disse ontem.

Hoje o ex-CEO completa a linha com mais uma “3) A”. A corretora não divulga um comunicado desde o pedido de falência, na sexta-feira (11).

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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