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Ações da Azul decolam 10%, apesar de prejuízo superior a R$ 2 bilhões no 3º trimestre

11 nov 2021, 18:27 - atualizado em 25 nov 2021, 12:33
Azul
Ações da Azul saltaram quase 10% nesta quinta-feira (Imagem: Facebook/Azul)

Apesar do prejuízo de R$ 2,24 bilhões da Azul (AZUL4) no terceiro trimestre, as ações da companhia registraram forte alta no pregão desta quinta-feira (11). Os papéis da companhia aérea subiram 9,83%, cotados a R$ 29,06.

O prejuízo divulgado pela Azul no balanço referente ao período de julho a setembro foi acima da perda de R$ 1,2 bilhão um ano antes. Segundo a companhia, o resultado foi pressionado por despesas financeiras relacionadas a juros de empréstimos e aluguéis de aeronaves.

Já o Ebitda da companhia aérea voltou ao território positivo, somando R$ 485,6 milhões no período — ante R$ 198 milhões no mesmo trimestre do ano passado —, enquanto a receita líquida totalizou R$ 2,71 bilhões.

É um bom momento para comprar ações da Azul?

O Itaú BBA mantém a recomendação de market perform para os papéis da Azul, com preço-alvo de R$ 41. Os resultados “sólidos”, de acordo com o banco, mostram que a Azul tem uma “frota diversificada e de bom tamanho, que tem desempenhado um papel fundamental em ajudar a empresa a resistir à pandemia e restaurar sua lucratividade”.

Para o Itaú, esses atributos não só se mostraram cruciais no fortalecimento da empresa contra o cenário atual de incertezas, mas continuarão a ser as principais vantagens competitivas da Azul em um ambiente normalizado.

O analista da Mirae Asset, Pedro Galdi, afirma que a tendência é que a demanda por serviços de transporte aéreo aumente no próximo ano e, por isso, indica a compra dos papéis para aqueles que olham para o longo prazo.

“Muitos países já estão liberando a entrada de brasileiros com comprovante de vacinação e isto deve ajudar a recuperar os voos internacionais. Mas as rotas no Brasil estão em evolução e devem ser fortes ainda neste final e início do próximo ano”, disse Galdi.

Em outubro, a companhia aérea já mostrava uma evolução, ao divulgar que o tráfego de passageiros em seus voos foi 62,6% maior do que um ano antes.

Segundo o analista, o cenário é de retomada gradual e, se a Azul tiver sucesso na aquisição da Latam, “seria um pulo estratégico importante”.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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