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Ações da Oi, TIM e Vivo fecham em alta, mas euforia do mercado com Oi Móvel já passou

08 set 2020, 18:05 - atualizado em 08 set 2020, 18:05
Museu da Oi OIBR3
Dias contados: área de telefonia da Oi está prestes a entrar para a História (Imagem: Divulgação/ Oi)

As ações das protagonistas daquele que deve ser o maior negócio do Brasil neste ano fecharam com uma alta moderada nesta terça-feira (8). A Oi (OIBR3) encerrou o dia com ganho de 1,09%, cotada a R$ 1,86; a Vivo (VIVT4) subiu 0,27%, para R$ 48,93; e a TIM (TIMP3) rendeu 1,70% e terminou cotada a R$ 14,99.

É claro que o desempenho merece destaque, sobretudo por contrastar com a forte queda de 1,18% do Ibovespa nesta terça-feira, pressionado pela queda do petróleo e pelo acirramento dos ataques do presidente dos EUA e candidato à reeleição, Donald Trump, contra a China.

O comportamento das ações, contudo, mostra que já passou, a euforia do mercado com a venda da Oi Móvel ao consórcio formado pela Vivo, TIM e Claro.

Como se sabe, nesta segunda-feira (7), a Oi confirmou que a proposta das três é a sua favorita, o que lhe garante o status de “stalking horse” (proposta a ser batida, mas com o direito de o consórcio cobrir qualquer oferta que a sobreponha) no leilão que selará o destino de sua unidade de telefonia celular.

Alta sim; disparada, não

A percepção de analistas e investidores é que a maior parte do valor gerado pela reestruturação da Oi já foi capturado pela ação durante os últimos meses.

Nesta manhã, por exemplo, a Ágora Investimentos elogiou o avanço nas negociações, reafirmou sua recomendação de compra das ações da Oi, mas com um potencial de alta de 14% sobre o fechamento de sexta-feira – o preço-alvo é de R$ 2,10.

Num ano em que o Ibovespa ainda não engatou, travado pela recessão causada pelo coronavírus, pelo cenário internacional confuso e pela preocupação com as contas públicas, uma alta de 14% é respeitável, mas está longe dos bons momentos vividos pelo papel.

Basta ver que, entre o último pregão de 2019, quando o papel fechou em R$ 0,86, e os R$ 1,84 com que encerrou a última sexta-feira, a valorização foi de 114%.

Loja da TIM TIMP3
Na frente: ações da TIM subiram mais que as da Oi nesta segunda (Imagem: Facebook/TIM)

A valorização residual do papel, prevista pela Ágora, é menor, inclusive, do que a verificada em dois pregões deste ano. Em 23 de julho, a Oi subiu 19,40%. Cinco dias depois, registrou outro salto, desta vez de 15,82%.

Além disso, os papéis apresentaram altas de dois dígitos, embora menores que 14%, em outros seis pregões.

Avanço

Ontem (7), a Oi informou que aceitou a oferta de R$ 16,5 bilhões por sua unidade móvel feita por um consórcio formado pelas operadoras Claro, TIM e Vivo.

De acordo com documento arquivado na CVM, R$ 756 milhões referem-se a serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi, acrescido do compromisso de celebração de contratos de longo prazo de prestação de serviços de capacidade de transmissão junto à Oi, na modalidade take or pay.

O valor presente líquido, calculado para fins e na forma prevista no Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial é de R$ 819 milhões.

Veja o comunicado divulgado pela Oi ontem (07).

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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