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Ações do IRB (IRBR3) recuam 7% após prejuízo em abril; veja o que dizem analistas

22 jun 2022, 12:50 - atualizado em 22 jun 2022, 12:52
IRB
IRB prejuízo líquido de R$ 92,7 em abril, e acumulou desempenho negativo de R$ 12,2 milhões  no ano (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

As ações do IRB (IRBR3) recuam 7%, a R$ 2,63, nesta quarta-feira (22), por volta das 11h30. No mesmo horário, o Ibovespa tinha queda de 0,91%, a 98.778 pontos.

A Genial Investimentos ressaltou o último resultado do IRB, que acumulou mais prejuízos para a companhia. A corretora colocou a empresa como destaque negativo na sua cobertura.

O IRB teve prejuízo líquido de R$ 92,7 em abril, e acumulou desempenho negativo de R$ 12,2 milhões nos primeiros quatro meses de 2022, ante lucro líquido de R$ 1,9 milhão no mesmo período do ano anterior.

Segundo a Genial, os dados foram pressionados pela sinistralidade, em especial no segmento de agro, atingindo 103,1% no mês. “Os prêmios caíram 29,7% na comparação anual, com redução de 7,2% no Brasil e 49% no exterior”, explica.

A Genial reiterou a recomendação de venda das ações, e ajustou o preço-alvo da companhia para R$ 2,50, uma queda de 11% frente o valor estipulado anteriormente.

Para os analistas, os principais pontos negativos da empresa são:

  • Potencial necessidade de levantar capital com constantes prejuízos;
  • Expectativa de continuidade da alta sinistralidade do seguro rural no 2T;
  • Impacto da cauda de contratos descontinuados na sinistralidade até 2023,
  • Dificuldade de crescer prêmios, mesmo no Brasil, onde a companhia está focando.

A Nexgen Capital também reforçou cautela frente ao IRB. “Seguimos monitorando a companhia, mas não temos tomado posições [compra] nessas ações”, avalia Waldir Morgado, sócio da assessora de investimentos.

Desconfiança do mercado

Para Gustavo Pazos, analista da Warren, o momento do IRB é consequência de uma crise mais profunda, já que a empresa enfrenta uma desconfiança do mercado desde 2019, quando foi investigada por fraude.

“A companhia precisou queimar caixa para recuperar o interesse dos investidores em comprar seus papéis, e isso fez com que as reservas da empresa se esgotassem”, explica Pazos.

Segundo o especialista, a empresa vive um ciclo vicioso, com necessidade de antecipar contas para recuperar a credibilidade com o mercado, gerando uma queima excessiva de caixa, impedindo-a de gerar mais receita.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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