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Açúcar: China forte, Brasil fora das vendas em outubro e Tailândia com problemas sustentam preços

12 ago 2020, 10:24 - atualizado em 12 ago 2020, 10:38
Sacas de açúcar
Mercado internacional começa a sentir a ausência próxima do Brasil no fornecimento global (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Na medida em que o Brasil vai embarcando o açúcar já fixado, em volumes recordes, e cada vez mais próximo do final, o mercado internacional vai levando para os preços de Nova York uma combinação de variáveis que estão sustentando as cotações.

O outubro, desde que saiu dos 11,49 centavos de dólar por libra-peso, em 24 de julho, permanece firme perto dos 13 c/lp, ao redor de 10h20 (Brasília). E o março também segue com alta semelhante, em torno de 1,40%, em praticamente 13,50 c/lp, sob olhares ainda da entressafra do Brasil.

Para a trading francesa Sucden, a China acelerando as compras é o fator mais forte, junto com uma expectativa de safra menor na Tailândia, a partir de outubro, quando deverá ter acabado a commodity brasileira deste ciclo no Centro-Sul.

“O fundamento chinês é forte, pesado, e parece que a safra tailandesa não vem com desenvolvimento bom”, explica Eduardo Sai, executivo da empresa.

A Thai Sugar Millers Corp. estima um período de 7 milhões de toneladas, bem abaixo das estimativas, depois de semanas de seca. Embora as chuvas de monções tenham voltado nos últimos dias em níveis bons, a entidade enxerga prejuízos acumulados.

A safra da Índia, em torno das 32 milhões de toneladas, está dentro das expectativas, mas os agentes tendem a testarem a continuidade do apetite chinês contra a menor produção tailandesa e a ausência do Brasil.

“O mercado se antecipa mesmo”, diz Sia, lembrando, por exemplo, que os fundos viraram para longs.

Para Maurício Muruci, da Safras & Mercado, o Brasil escasseando sua oferta e caminhando para o final de safra mais alcooleiro estão, sim, dando sustentação. Em paralelo, os pacotes de estímulos às economias globais injetam possibilidade de demanda maior pela commodity, complementa.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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