Commodities

Açúcar: sinais de baixas por subsídios e safra boa na Índia, mais fixações brasileiras

11 nov 2020, 17:13 - atualizado em 11 nov 2020, 17:27
Cana de Açucar
Previsão de safra de cana menor no ano que vem no Brasil não está nos preços de Nova York do Açúcar (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

A zona de estabilidade do açúcar pode estar perdendo o suporte e os preços devem cair alguma coisa a mais no mercado futuro com a virada do mês. Vai depender do tamanho dos subsídios que estão sendo esperados para os produtores da Índia exportarem mais.

A ajuda dada como certa é para escoar 6 milhões de toneladas. Em linha com o volume do alimento brasileiro já fixado para a safra 21/22, o mercado deve entender que o cenário global vai estar bem ofertado.

O analista da Safras & Mercado, Maurício Muruci, acredita em 15 milhões/t o que os exportadores negociaram antecipadamente graças ao câmbio favorável, como o foi nos últimos meses.

E poderiam estar em 18 milhões/t, de 28 milhões/t previstas na totalidade do ciclo, se os bancos não estivessem represados os financiamentos, complementa.

Nesta quarta os contratos futuros em Nova York caíram pela terceira sessão seguida, com o março indo a 14.49 centavos de dólar por libra-peso ao perder 19 pontos, pouco mais de 0,85%. Mas ainda é considerado um canal de estabilidade, com vários pregões transitando pouco acima dessa faixa.

Outra pressão que também pode ser baixista é a revisão dos números do USDA da safra indiana, também aguardada para as próximas semanas.

Muruci tende a acreditar que o órgão americano indique de 35 a 36 milhões/t, quando seu último relatório orçava em 37 milhões/t.

E o Isma, entidade representativa das usinas do país, recém admitiu 33 milhões/t.

Como a safra passada deu 27 milhões/t, qualquer das previsões sobre a atual já está com alta expressiva.

Até agora o mercado não comprou as informações que chegam de muitas fontes brasileiras, entre as quais a Unica, sobre quebra da próxima temporada depois da seca e calor vistos até meio de outubro.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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