Combustíveis

Álcool na gasolina: Entenda como projeto do governo impacta o tanque e o bolso

05 set 2023, 14:03 - atualizado em 05 set 2023, 14:03
Gasolina, etanol, combustível
Atualmente, a gasolina vendida nos postos de combustíveis conta com 27,5% de etanol; governo quer ampliar para 30%. (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)

O debate sobre aumento do porcentual de álcool na gasolina voltou ao radar do mercado após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, dizer que a “pauta verde” é uma das prioridades dos parlamentares nos próximos meses.

“Enquanto corremos na transição energética do setor de transportes, é importante discutir o percentual de participação de biocombustíveis na mistura com combustíveis fósseis”, disse Lira durante um fórum na segunda-feira (4).

Os ministros Geraldo Alckmin (Indústria) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) já tinham adiantado o plano do governo de aumentar a mistura de etanol na gasolina dos atuais 27,5% para 30%. O projeto de lei apelidado “combustível do futuro” de deve ser entregue ao Congresso já nos próximos dias.

O texto também propõe o aumento de 12% para 15% de biodiesel no diesel.

A estimativa é de que a mudança ajudará a reduzir o consumo de gasolina A (pura) em aproximadamente 107,6 milhões de litros por mês.

Como a mistura da gasolina afeta o consumidor?

Um dos pontos que a favor do aumento da porcentagem de etanol é que isso reduz a dependência externa do Brasil de combustíveis fósseis, diminuindo também possibilidades de repasse de oscilações dos preços no mercado internacional.

A medida também é vista como uma solução para reduzir as emissões de carbono da frota de veículos nacional. Além disso, ela também pode ser uma forma de o governo conseguir reduzir os preços da gasolina.

Por outro lado, o governo precisa confirmar com a indústria automotiva se os motores dos carros são compatíveis com uma proporção maior de etanol. Ainda é preciso lembrar que etanol é derivado da cana-de-açúcar e está sujeito a sazonalidade como toda commodity agrícola – significa que fixar a mistura em 30% pode ser um problema em períodos de entressafra ou problemas das lavouras, sendo que o ideal fosse uma flexibilização.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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