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Além do minério de ferro: Como Vale (VALE3) aproveita a alta do níquel, o ‘coadjuvante de peso’?

09 mar 2022, 11:09 - atualizado em 09 mar 2022, 11:09
Niquel
Com a guerra na Ucrânia se estendendo (e sem previsão para acabar por agora), os preços do níquel dispararam ao longo dos últimos dias (Imagem: Andrey Rudakov/Bloomberg)

A Vale (VALE3) aproveita um cenário bastante positivo no atual momento de sanções contra a Rússia, e não é pelo minério de ferro, avalia a Genial Investimentos.

Com a guerra na Ucrânia se estendendo (e sem previsão para acabar por agora), os preços do níquel dispararam ao longo dos últimos dias, com destaque para a sessão desta terça-feira (8).

Ontem, a commodity chegou a subir mais de 100% e atingiu a máxima histórica de mais de US$ 100 mil a tonelada na London Metal Exchange (LME), a Bolsa de Metais de Londres. A grande oscilação fez com que a LME suspendesse as negociações do níquel.

Em nota divulgada, a LME disse que planeja reabrir o mercado para negociações, mas não antes de sexta (11), dada o cenário geopolítico atual.

Como a Vale consegue aproveitar a disparada do níquel?

Com o aumento das restrições econômicas impostas à Rússia, empresas do país têm suas operações (em especial, as exportações) afetadas. Esse é o caso da Nornickel, empresa russa e maior produtora de níquel do mundo.

Em meio a esse cenário conturbado, a Vale, segunda maior produtora da commodity, possui a oportunidade de se destacar pelo lado da oferta.

Na avaliação da Genial, o níquel está se transformando em um “coadjuvante de peso” dentro dos negócios da Vale. Não é à toa que os preços do produto estão ganhando mais relevância para os números da companhia.

A Genial lembra que, em 2021, 6% da receita consolidada da Vale vieram pelo níquel.

“A empresa reitera sua postura em alterar a percepção dos investidores sobre a importância de tal minério, juntamente com o cobre, cujos preços estão em níveis históricos”, completa a corretora.

Pouco antes do início da invasão da Ucrânia, o BTG Pactual (BPAC11) chamou a atenção para o movimento do mercado do níquel, levantando a possibilidade da commodity se tornar uma nova fonte de upside para Vale.

Na ocasião, o BTG afirmou que o mercado não está levando em consideração o tamanho da exposição da mineradora a este mercado.

“Nossa impressão é de que os investidores estão atribuindo muito pouco valor (se é que estão atribuindo alguma coisa) para a divisão de metais básicos da Vale”, disse o banco.

A Genial tem recomendação de recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 115. O BTG também indica a compra dos papéis.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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