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Alta da Selic abre oportunidades em Renda Fixa; taxa básica de juros ainda pode ser reajustada para cima

27 dez 2021, 16:18 - atualizado em 27 dez 2021, 16:18

Em sua 243ª reunião, o Comitê de Política Monetária (COPOM) decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 9,25% ao ano.

A decisão foi marcada por um tom mais duro do Banco Central, demonstrando as preocupações do comitê com a desancoragem das expectativas de inflação doméstica.

O anúncio é seguido de um movimento internacional, no qual os bancos centrais das principais economias do mundo anunciaram a diminuição de estímulos econômicos e o combate à inflação por meio do aumento da taxa de juros.

No Brasil, os agentes de mercado foram surpreendidos, já que se esperava que o aperto monetário só viesse em 2022. Mas diante das pressões inflacionárias, que giram em torno da demanda alta, das pressões de custos e da inércia inflacionária (ocasionada pela pandemia), o BC vê no aumento da Selic uma alternativa para a saúde econômica do país.

A preocupação pode ser observada em trecho da fala do presidente do BC, Roberto Campos Neto, na apresentação do relatório trimestral de inflação. “[…] os exemplos brasileiros mostram que você tem que colocar o país em recessão para recuperar a credibilidade”.

Nesse cenário, o ambiente econômico será mais desafiador para o Brasil no ano que vem. Entretanto, segundo a especialista em renda fixa da Empiricus, Lais Costa, a renda fixa se torna mais atrativa.

As oportunidades, conforme a especialista, giram em torno dos papéis indexados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), já que eles garantem proteção contra a inflação. Ou seja, evitam que os seus rendimentos sejam corroídos pelo aumento de preços, gerando ganhos reais.

Ela ainda alerta que ao passo que nos aproximamos do fim do ciclo de alta dos juros dos papéis domésticos, os papéis pré-fixados também se tornam mais atrativos.

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