Internacional

Alta dos preços ao consumidor na China é o mais lento em 4 meses, apesar de estímulo

09 nov 2024, 13:14 - atualizado em 09 nov 2024, 13:14
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O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China subiu 0,3% ante o ano anterior no mês passado. (Imagem: Getty Images Signature/Canva Pro)

Os preços ao consumidor da China subiram no ritmo mais lento em quatro meses em outubro, enquanto a deflação dos preços ao produtor se aprofundou, mostraram dados no sábado, mesmo com Pequim ampliando o estímulo para apoiar a economia.

Em suas mais recentes medidas de estímulo, o principal órgão legislativo do país aprovou um pacote de 10 trilhões de iuanes (1,4 trilhão de dólares) na sexta-feira para aliviar as cargas de “dívidas ocultas” do governo local, em vez de injetar dinheiro diretamente na segunda maior economia do mundo, como alguns investidores esperavam.

Analistas dizem que o pacote provavelmente fará pouco para impulsionar a atividade econômica, a demanda e os preços no curto prazo.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% ante o ano anterior no mês passado, desacelerando em relação ao aumento de 0,4% registrado em setembro e marcando o menor valor desde junho, segundo dados do Centro Nacional de Estatísticas, ficando abaixo do crescimento de 0,4% previsto em uma pesquisa da Reuters com economistas.

Entretanto, o núcleo da inflação, excluindo os preços voláteis de alimentos e combustíveis, subiu 0,2% em outubro, acelerando em relação ao 0,1% registrado em setembro.

“Devido ao feriado da Semana Dourada em outubro, o efeito das políticas de estímulo na promoção da demanda doméstica emitidas desde o final de setembro ainda não é óbvio”, disse Bruce Pang, economista-chefe da JLL.

Ele espera que o IPC mantenha uma tendência de alta, enquanto o núcleo da inflação deve permanecer moderado, abrindo espaço para que as autoridades reduzam ainda mais as taxas de juros no início do próximo ano.

Os preços ao produtor caíram 2,9% em outubro na comparação anual, mais do que a queda de 2,8% no mês anterior e da expectativa de queda de 2,5%. Essa foi a maior queda em 11 meses.

No final de setembro, o banco central da China divulgou as medidas de apoio monetário mais agressivas desde a pandemia da Covid-19 para retomar o crescimento econômico.

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reuters@moneytimes.com.br
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