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ALUP11, TAEE11 ou TRPL4? Veja a elétrica que tem uma das melhores ações para investir em 2023, segundo Santander

17 abr 2023, 15:37 - atualizado em 17 abr 2023, 15:37
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Na avaliação dos analistas, a Alupar é uma das melhores ações para investir no ano turbulento de 2023 (Imagem: Divulgação/Alupar)

O Santander atualizou as estimativas para três empresas de energia elétrica sob sua cobertura. Alupar (ALUP11), Transmissão Paulista (TRPL4) e Taesa (TAEE11) ganharam novos preços-alvo. No caso da Taesa, a recomendação também foi elevada, de “underperform” (desempenho esperado abaixo da média do mercado, equivalente a “venda”) para “neutro”.

Em relatório, o time de análise do banco reforça que as transmissoras se destacam em um cenário macro e regulatório carregado de incertezas. Elas oferecem proteção contra a inflação, além de geração de caixa estável, menor exposição a revisões tarifárias e elevados pagamentos de dividendos, “tornando-as opções fortemente defensivas”, avalia.

“Também acreditamos que a parcela significativa de capex (investimentos) esperada para os leilões de transmissão neste ano (~R$ 50 bilhões) pode oferecer oportunidades atrativas para companhias no segmento. No entanto, a competição continua sendo um ponto central para retornos menores”, afirmam Andre Sampaio, Guilherme Lima e Julia Zaniolo, responsáveis pelo relatório.

A preferência do segmento

Com recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”), a Alupar é a principal aposta do Santander entre as transmissoras. Na avaliação dos analistas, a elétrica é uma das melhores ações para investir no ano turbulento de 2023.

“Nossa única preocupação é a baixa liquidez (média de volume diário negociado em três meses de US$ 5,2 milhões), o que limita investimentos de diversos fundos”, ressaltam.

Apesar disso, o Santander é otimista com a Alupar por uma série de fatores, como:

  • resultados estáveis;
  • proteção contra a inflação, com impacto significativo do IGP-M;
  • possibilidade de crescimento adicional com os leilões;
  • histórico de alocação de capital; e
  • valuation atrativo (TIR [taxa interna de retorno] real de 10,9%).

O Santander cita ainda a atualização favorável da política de dividendos da companhia, que estabelece payout mínimo de 50% do lucro líquido regulatório, com pagamentos trimestrais.

“Isso deve atrair investidores de varejo e beneficiar a performance da ação”, defendem Sampaio, Lima e Zaniolo.

A recomendação foi reiterada, mas o preço-alvo ao fim de 2023 caiu para R$ 32,68.

Upgrade de Taesa

Taesa
Taesa será capaz de melhorar suas margens conforme novos projetos começam a operar (Imagem: YouTube/TAESA Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.)

Além da revisão positiva para a recomendação, o Santander elevou o preço-alvo para R$ 34,72 após revisar as estimativas para a companhia.

O banco acredita que a Taesa será capaz de melhorar suas margens conforme novos projetos começam a operar. O Santander também mantém expectativa de taxa de imposto efetiva baixa e está com uma nova abordagem para a indenização das concessões de transmissão licitadas antes de 2019.

Para o Santander, a Taesa oferece geração de caixa estável e conta com características de proteção inflacionária, além de previsibilidade de receita. A empresa possui uma administração forte, e a eficiência operacional leva a resultados sólidos e recorrentes, acrescenta.

“Também gostamos do baixo risco regulatório da Taesa (exposição limitada a revisões tarifárias), pagamento de dividendos elevado (yield de 10,7% para 2023-25) e TIR real de 8,9%.

Sobre a Transmissão Paulista, o Santander reforçou o rating “neutro” baseado em valuation, assumindo uma TIR de 7,5% para o papel. O preço-alvo foi reduzido a R$ 23,70. O banco cita riscos de revisões nas receitas RBSE, apesar de enxergar características positivas, como o bom controle de custos, a geração de caixa estável e a possibilidade de pagamento de dividendos melhores que o esperado.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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