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Americanas (AMER3): Procon-SP notifica companhia e questiona se rombo irá impactar consumidores

13 jan 2023, 12:29 - atualizado em 13 jan 2023, 12:29
Lojas Americanas
Americanas é notificada pelo Procon-SP e deverá explicar possíveis impactos ao consumidor (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

O Procon-SP notificou a Americanas (AMER3) nesta sexta-feira (13), com questionamentos sobre os impactos dos problemas contábeis para os consumidores.

Conforme o comunicado do Procon, além de informar até que ponto ficam comprometidas as compras efetuadas pelos consumidores e detalhar quantas pessoas serão afetadas, a Americanas deverá esclarecer se as reclamações dos últimos 90 dias na plataforma do Procon-SP tem relação com os problemas noticiados e, em caso positivo, qual o plano de ação para solução.

No ano passado, o grupo teve quase 9,5 mil queixas registradas por consumidores que tiveram problemas com suas compras.

A Americanas tem até o próximo dia 17 para responder aos questionamentos. Procurada pelo Money Times, a companhia ainda não se pronunciou sobre o caso.

No site da empresa, há um comunicado ao cliente, em que a empresa se posiciona sobre a divulgação do fato relevante.

“Com 94 anos, a Americanas, através de seus negócios, das lojas à Ame e a Americanas.com, seguirá trabalhando duro para trazer a todos vocês, a melhor experiência no tempo e no preço que cada consumidor busca.
Acreditamos no nosso propósito e na nossa responsabilidade, através da tecnologia e da nossa gente, de dar acesso a todos os 210 milhões de brasileiros e brasileiras, a um mundo fascinante de produtos e serviços, que caibam no bolso. Por aqui, seguimos pensando e trabalhando por você.”, diz.

Entenda o rombo de R$ 20 bilhões da Americanas

A Americanas (AMER3) ganhou as manchetes de todos os jornais do Brasil ao anunciar, na quarta-feira (11) inconsistências contábeis de até R$ 20 bilhões.

A cifra da inconsistência contábil da Americanas é maior que o valor de mercado da própria Americanas, que vale cerca de R$ 10 bilhões na bolsa.

Segundo o TradeMap, o volume do rombo é equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza que, em 11 de janeiro, valia R$ 20,20 bilhões, ou da Lojas Renner, que valia R$ 20,22 bilhões.

A companhia afirma que, entre as inconsistências, está a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras.

Além disso, Rial, que foi nomeado em agosto e era uma das apostas para recuperação da varejista, além de André Covre, diretor de relações com investidores, não devem permanecer no cargo.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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