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Americanas (AMER3) sofre primeira derrota na Justiça e BTG poderá reaver R$ 1,2 bi

18 jan 2023, 15:52 - atualizado em 18 jan 2023, 17:29
Americanas, Recuperação Judicial
Apesar disso, a decisão só beneficia o BTG. Com isso, o banco conseguirá reter R$ 1,2 bilhão em dívidas da Americanas (Imagem: Iasmin Paiva/Money Times)

Após duas derrotas na Justiça, o BTG (BPAC11) conseguiu que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedesse liminar suspendendo a decisão a favor da Americanas (AMER3) que bloqueava a execução de dívidas por parte dos bancos.

Apesar disso, a decisão só beneficia o BTG. Com isso, o banco conseguirá reter R$ 1,2 bilhão em dívidas da Americanas.

No documento, o desembargador Flávio Marcelo de Azevedo Horta diz que há necessidade de diligência com o fim de se evitar a utilização do instrumento como meio de fraude a credores.

“Há, portanto, além do cuidado inerente à espécie, necessidade de se realizar prévio diagnóstico da empresa, a fim de aferir a real situação econômico-financeira e jurídica antes de optar por alguma ferramenta de resguardo e soerguimento, sobretudo medidas que podem tornar-se irreversíveis”, colocou.

Considerando estimativas do JPMorgan e do Citi, o BTG tinha exposição de R$ 1,9 bilhão à Americanas, o que representava cerca de 1,5% dos empréstimo.

Processo arbitral da Americanas

Na última terça, o banco já havia dado início a um processo arbitral em São Paulo contra a Americanas por quebra de contrato de crédito, afirmou uma fonte com conhecimento para a Reuters.

A arbitragem, na Câmara de Comércio Brasil-Canadá, alega que o pagamento do crédito com investimentos detidos pelo lojista no banco estava incluído no contrato de empréstimo.

Por outro lado, a Americanas disse que a medida cautelar visa “somente” a sustentação jurídica necessária para que tanto a empresa como os credores possam “chegar a um possível acordo”.

Veja o documento:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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