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Análise Cryptowatch: Correlação entre os preços das criptos se acentuou em 2018

04 jan 2019, 22:33 - atualizado em 04 jan 2019, 22:33
Uma das questões não discutidas o suficiente para quem investe é a incapacidade de realmente diversificar as criptomoedas, porque as correlações entre ativos são extremamente altas. Quando o preço do Bitcoin está caindo, geralmente o preço da maioria das demais criptos também cairá. Para medir a correlação entre as criptomoedas, é utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. O coeficiente varia de -1 a 1. Uma correlação de 1 mostra uma correlação positiva perfeita enquanto -1 mostra uma correlação negativa perfeita. Uma correlação de 0 não mostra relação entre o movimento das duas variáveis. São usados ​​os preços diários da Bitcoin e dez outras maiores por capitalização de mercado (Ethereum, XRP, Bitcoin Cash, EOS, Stellar, Litecoin, Tron, Cardano, IOTA e Monero). Uma tabela mostrando os coeficientes de correlação entre todas as criptomoedas analisadas em 2018 pode ser vista abaixo.
A tabela mostra que todas as criptomoedas analisadas estão positivamente correlacionadas com outras criptos. As duas maiores criptomoedas, Bitcoin e Ethereum, se correlacionam mais com as outras criptomoedas analisadas. TRON teve a correlação positiva mais fraca com outras criptomoedas. Ao analisar as correlações entre duas criptos específicas, os pares mais correlacionados (coeficiente maior que 80%) foram Cardano/Stellar, Bitcoin/Litecoin, Monero/Ethereum, Ethereum/Litecoin e Monero/Litecoin. O par menos correlacionado positivamente em 2018 foi o Tron/Stellar com um coeficiente inferior a 42% (ver gráficos abaixo). É importante notar também que as moedas da Prova de Trabalho tendem a se correlacionar menos com outros mecanismos de consenso alternativos.
Para fins comparativos, vale a pena executar a mesma análise para 2017. Apenas as criptomoedas que têm um ano inteiro de dados de negociação foram usadas, o que deixa Bitcoin, Ethereum, XRP, Stellar, Litecoin e Monero. Talvez não surpreendentemente, todas as criptos observadas ainda estão positivamente correlacionadas, mas mais fracas em 2017 do que em 2018. Isso provavelmente foi causado por mais especulação em 2018 e volume comercializado geralmente maior. Certamente foram usadas mais como um instrumento de negociação, o que potencialmente acoplou os preços ainda mais.
Além da correlação de preços, também vemos correlações entre os volumes negociados. Embora o volume relatado seja provavelmente afetado pela manipulação, ainda é um indicador importante se assumirmos que a manipulação afeta todas as criptomoedas em magnitudes semelhantes. Em 2018, o volume comercializado de Bitcoin ultrapassou US$ 2,2 trilhões. Ethereum ficou com pouco mais de US$ 830 bilhões. No geral, o volume total negociado relatado das criptomoedas observadas se aproximou de US$4,3 trilhões em 2018. Como era de se esperar, o volume de Bitcoins se correlaciona mais positivamente com outras criptomoedas.
Como pode ser visto na tabela acima, o volume mais estreitamente correlacionado é de longe o de Bitcoin e Ethereum. Isso é provável porque tanto o Bitcoin quanto o Ethereum são negociados em praticamente todas as bolsas, então o volume provavelmente seguiu uma tendência similar. O par menos correlacionado é o Monero e o Tron.
Da mesma forma, assim como os preços, o volume negociado foi menos correlacionado em 2017 do que em 2018. Correlação em 2017
A tendência da crescente correlação entre criptomoedas é preocupante. Isso mostra que o mercado ainda está muito longe de amadurecer e que diversificar portfólio procurando um porto seguro entre as criptos é perda de tempo e dinheiro. Pois mostra-se claramente que se houver algum par para se investir é BTC/ETH. Visto que as demais sofrem correlação imediata.
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Leandro França de Mello é editor chefe do portal Cryptowatch. Escritor, palestrante, cientista de dados e empreendedor serial.
Leandro França de Mello é editor chefe do portal Cryptowatch. Escritor, palestrante, cientista de dados e empreendedor serial.
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