Política

Câmara analisa vetos do presidente sobre reajuste de salários de funcionários públicos

20 ago 2020, 16:00 - atualizado em 20 ago 2020, 20:01

A Câmara dos Deputados iniciou na tarde desta quinta-feira (20) a análise dos vetos do presidente, Jair Bolsonaro, ao projeto que reajusta o salários de funcionários públicos da saúde e trabalhadores da educação pública durante o período da pandemia da covid-19.

Na noite da última quarta-feira (19), o Senado derrubou o veto do presidente da República ao projeto. Ao derruba-lo, a maioria dos senadores entendeu que essas categorias atuaram direta ou indiretamente no combate à pandemia, mantendo serviços básicos e essenciais em um período em que parte da sociedade se mantinha em casa, protegendo-se do vírus.

Por isso, justificaram a derrubada afirmando que esses profissionais merecem ter o reajuste previsto, a despeito da crise econômica.

Em 28 de maio, o presidente Bolsonaro sancionou a lei que trata da ajuda financeira a estados, municípios e o Distrito Federal para o combate aos efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) com vetos ao reajuste a trabalhadores da educação, saúde e segurança pública, servidores de carreiras periciais, profissionais de limpeza urbana e de serviços funerários.

O presidente alegou que as exceções que autorizam reajuste de salários violam o interesse público ao diminuir a economia estimada com a suspensão dos reajustes.

rodrigo maia
“Melhor para o Brasil é a manutenção do veto”, acrescentou (Imagem: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados)

Maia reage

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira que vai trabalhar junto aos deputados para manter o veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste dos servidores públicos

“Entendemos que esse veto é muito importante a sua manutenção para que a gente possa dar uma sinalização clara”, disse Maia, em entrevista coletiva após participar de reunião de líderes do governo e de partidos para discutir a estratégia de votação da matéria na sessão do Congresso desta tarde.

“Melhor para o Brasil é a manutenção do veto”, acrescentou.

Para Maia, é preciso que os servidores públicos –que não tiveram reduções salariais e preservaram seus empregos apesar da crise econômica devido à pandemia do novo coronavírus– deem a sua contribuição.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), alertou para o fato de que uma eventual derrubada do veto na Câmara poderia ter impacto, inclusive, na programação do governo de estender o pagamento do auxílio emergencial para informais e desempregados até o fim do ano.

“Vamos buscar cada voto para que possamos vencer. No Senado, foram dois votos apenas que provocaram essa necessidade de votação na Câmara. Nós queremos que na Câmara tenhamos uma votação tranquila”, disse.

Coma Agência Reuters, Câmara e Senado

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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