Commodities

Apetite da China pela soja daqui e sem comprar dos EUA, poderá levar o Brasil a importar

25 mar 2020, 10:49 - atualizado em 25 mar 2020, 11:42
Soja
Excesso de vendas da soja à China alterara cenário se não houver demanda pelo produto dos EUA (Imagem: REUTERS/Enrique Marcarian)

Um cenário ainda não muito observado no mercado da soja é o apetite da China levando tudo que dá do Brasil, aproveitando-se do dólar alto, mas que pode resultar em necessidade de termos que importar o grão dos Estados Unidos.

Além de compromissos externos não fixados ou mesmo diante de um possível cenário de alta futura, sob pressão do déficit mundial estimado em 10 milhões de toneladas, o consumo interno poderá exigir mais soja do que a que sobrará nesta safra.

A lógica expressada por Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, tem como base o apetite chinês.

Até o começo do segundo semestre o Brasil tem cerca de 5 milhões de toneladas de soja para seguirem à China, que se somarão às 23 milhões/t que se acumularão até final de abril.

O melhor cenário é a China bater nas portas dos Estados Unidos, levar a soja de lá, puxar as cotações na Bolsa de Chicago (CBOT), que há muito é esperado pelo mercado. A demanda pela commodity brasileira não oferece sustentação sólida nas cotações, avalia o consultor.

“Acho que em até quatro semanas os importadores possam importar dos americanos”, numa quantidade que Brandalizze estima em 20 milhões/t.

Ontem, a commodity ameaçou um ganho mais consistente, mas desceu para a estabilidade. Nesta quarta (25), também começou os negócios com pouco de vigor e voltou um pouco e o vencimento maio está perto da linha d´água, em mais 0,18%, a US$ 8,88, às 10h45 (Brasil).

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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