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As melhores criptomoedas de junho, segundo a QR Asset

12 jul 2022, 15:15 - atualizado em 12 jul 2022, 17:07
melhores Criptomoedas
Segundo relatório mensal da QR Asset, a THETA foi a criptomoeda que melhor performou em junho (Imagem: Unsplash/Quantitatives)

Em relatório divulgado pela QR Asset, foram analisadas as top 40 moedas por capitalização de mercado, de acordo com Messari.io.

A gestora traz um relatório baseado em notícias e desenvolvimento das criptomoedas selecionadas no relatório, como UNI, FTT e THETA.

Embora tenha sido um mês, e um ano, difícil para o mercado de criptomoedas, a gestora diz analisar as melhores entre as piores performances. Confira o relatório na íntegra:

Método de análise

Qualquer ativo que começou ou terminou o mês no top 40 foi considerado pela gestora. Não foram considerados os ativos que começaram o mês no top 40 e terminaram fora do top 100. 

Em seguida, a equipe da QR eliminou da classificação os ativos que possuíam valor de mercado inferior a um bilhão de dólares no início do mês. 

Junho foi o pior mês da história do Bitcoin (BTC), coroando também o pior trimestre e pior semestre do ativo desde a sua criação.

Em reais, a variação negativa ainda foi atenuada pela forte alta do dólar no mês. Assim, o Bitcoin encerrou junho com queda de 30,47% frente ao Real. O Ether teve variação negativa ainda mais acentuada, encerrando o mês com 38,90% de queda. 

Entre todos os criptoativos mapeados por este ranking, nenhum teve variação positiva em junho.  

Quais são as melhores criptomoedas?

O melhor criptoativo segundo levantamento da gestora deste mês foi Theta Token (THETA), que fechou junho com queda de 1,12%.

Ao longo de junho, a Theta Network anunciou algumas melhorias na sua rede de validadores, mas acreditamos que o principal motivo pelo qual o ativo se destaca é o fato de ele estar entre os piores desempenhos no início do mês.

Entre os ativos com mais de 1 bilhão de dólares de capitalização de mercado, THETA era uma das piores performances desde a sua máxima histórica, caindo quase 95% em um ano. 

Aliás, entre todos os ativos que compõem o Top 5 de junho, pelo menos dois estavam entre as maiores quedas desde as suas respectivas máximas, e parece ser esse o grande motivo da melhor performance relativa – casos de THETA e SHIBA

Uniswap (UNI) anunciou a compra do agregador de tokens não fungíveis (NFT)´s Genie e que a negociação de NFT´s será introduzida em breve em sua plataforma de negociação. 

Chainlink (LINK) anunciou que o staking do ativo está próximo, o que sustentou as cotações do token no mês. Vale lembrar que, sempre que um ativo anuncia que vai pagar remunerações por staking, é normal ter um fluxo de compra maior do que o normal, dado que muitos investidores compram o ativo para receber os rendimentos oferecidos pelo staking. 

Completando a lista dos melhores ativos do mês, temos FTT, o token utilitário da exchange FTX. Os tokens de corretoras centralizadas de criptomoedas como FTX e Binance têm tido, ao longo do tempo, uma das melhores performance dentro do universo cripto, de forma recorrente.

Em um trimestre no qual muitos participantes do mercado ficaram insolventes, a FTX mostra ter resultados sólidos e estar muito capitalizada.

Além disso, muitos boatos surgiram no final do mês de que Sam Bankman-Fried, CEO da FTX, estaria procurando meios de comprar a corretora de varejo americana Robinhood. 

No lado negativo, poucas surpresas, dado que junho foi o pior mês da história de muitos criptoativos, incluindo o Bitcoin. Chama atenção a forte queda do Ether (ETH), que desvalorizou 38,90% no mês.

Com a bancarrota de players de renome no ecossistema, como o fundo de Cingapura Three Arrows Capital (3AC), o Ether ficou pressionado por ser o colateral de muitos empréstimos e posições alavancadas. Com a liquidação forçada de diversas operações pertencentes ao fundo, houve um volume de vendas acima do normal em ETH, contribuindo para o desempenho negativo no mês. 

Flow e NEAR são blockchains de aplicações específicas alternativas ao Ethereum, e como vimos no mês passado esse setor ficou muito fragilizado depois da bancarrota de todo o ecossistema TERRA. 

AAVE, por ser uma das maiores plataformas descentralizadas de empréstimos, também sofreu com as liquidações forçadas ocorridas em junho. 

Bitcoin Cash (BCH) foi o pior ativo de junho, com queda de 44,06% no mês. Em termos de fundamentos, não surpreende, dado que o Bitcoin Cash é uma blockchain completamente sem utilidade e pouco segura, dado o baixo hashrate da rede.

No entanto, rumores circularam em junho de que um dos insolventes “ilustres” no ecossistema seria Roger Ver, um dos grandes evangelistas do Bitcoin antes de 2017.

Após o episódio que ficou conhecido como “Blocksize War”, e que culminou com o hard fork da rede bitcoin que deu origem ao Bitcoin Cash, Roger Ver tomou partido do Bitcoin Cash, que passou a ser a sua principal posição em cripto.

Se ele realmente foi forçado a liquidar posições para pagar dívidas, explicaria a forte variação negativa no mês, dada a baixa liquidez do ativo. 

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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