Redes Sociais

Atualização torna X disponível no Brasil apesar de bloqueio determinado pelo STF

18 set 2024, 18:19 - atualizado em 18 set 2024, 18:19
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Usuários da rede social X (antigo Twitter) no Brasil conseguiram acessar às suas contas, mesmo diante da decisão do STF de suspender a rede social no país (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Uma atualização da rede social X (antigo Twitter) tornou a plataforma acessível a muitos usuários no Brasil nesta quarta-feira (18), contornando uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que havia suspendido o uso do aplicativo no país após descumprimento de ordens judiciais pela empresa do bilionário Elon Musk.

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Usuários da plataforma relataram o acesso às contas da plataforma desde a manhã. Um dos que aproveitou a brecha foi o ex-presidente Jair Bolsonaro, que, em uma longa postagem, chegou a criticar indiretamente o ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável pela decisão de bloqueio da plataforma.

De acordo com a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), a atualização do X utilizou serviços de nuvem oferecidos por terceiros, permitindo que alguns usuários brasileiros pegassem uma rota fora do país para acessar o X, mesmo sem uma rede privada virtual.

Por ora, segundo a entidade, o número de brasileiros acessando a rede social é desconhecido, segundo a Abrint.

“Acredito que a mudança foi provavelmente intencional. Por que X usaria um serviço de terceiros que acaba sendo mais lento que o seu próprio?”, afirmou à Reuters Basílio Perez, conselheiro da Abrint.

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Em nota, a entidade disse ainda que a mudança do X para um novo sistema, o Cloudflare, dificulta a realização do bloqueio da rede social porque o IP — o endereço eletrônico que identifica o computador — é alterado frequentemente e de forma dinâmica.

Mais cedo, uma fonte do Supremo havia afirmado que o bloqueio da rede social se mantém em vigor e que o STF estava checando a informação sobre o acesso ao X por parte de alguns usuários. “Aparentemente é apenas uma instabilidade no bloqueio de algumas redes”, afirmou.

Procurado, o X não respondeu a pedido de comentário da Reuters.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por ordenar às operadoras o cumprimento da determinação de suspender o X, disse em nota que mantém a fiscalização a respeito da ordem de bloqueio. “O resultado desse acompanhamento é reportado diretamente ao STF”, afirmou.

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Acesso ao X

Conforme relatos, usuários estava conseguindo acesso ao X a partir de determinados celulares. Algumas pessoas também disseram que estavam recebendo notificações de contas que nem sequer seguem com conteúdos contrários a Alexandre de Moraes, responsável por determinar a suspensão da rede social.

A plataforma foi bloqueada no Brasil no fim do mês passado por ordem de Moraes, em decisão referendada posteriormente pela Primeira Turma do STF.

Integrantes da extrema-direita e o próprio Musk consideraram a determinação um ataque à liberdade de expressão.

Na semana passada, Moraes também determinou a transferência de R$ 18,35 milhões de que estavam em contas bloqueadas das empresas X e Starlink, também de Musk, aos cofres da União, para pagamento de multas por descumprimento de ordens judiciais.

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Os valores haviam sido bloqueados por ordem de Moraes para o pagamento de multas que haviam sido impostas à plataforma X devido a sucessivos descumprimentos de ordens judiciais, como o bloqueio de contas e a retirada de páginas disseminadoras de fake news.

A rede social também ignorou determinação judicial para que indicasse um representante legal da rede social no país.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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