Internacional

Autoridades financeiras do G20 concordam com suspensão da dívida para países mais pobres do mundo

15 abr 2020, 14:43 - atualizado em 15 abr 2020, 14:43
G20
A medida faz parte dos esforços para incentivar a economia global em meio ao novo surto de coronavírus (Imagem: REUTERS/Dylan Martinez)

Autoridades financeiras do Grupo das 20 principais economias disseram nesta quarta-feira que concordaram com uma abordagem coordenada para a suspensão dos pagamentos de dívida para os países mais pobres do mundo a partir de 1º de maio até o final do ano.

A decisão de suspender os pagamentos de principal e de juros afeta todos os países da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) –que estão atualmente em serviço de dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial– e todos os países menos desenvolvidos, conforme definido pelas Nações Unidas, e que atualmente estão em qualquer serviço de dívida ao FMI e ao Banco Mundial.

A medida faz parte dos esforços para incentivar a economia global em meio ao novo surto de coronavírus, que está empurrando a economia global para a pior contração desde a Grande Depressão.

“Concordamos com uma abordagem coordenada a partir de uma lista comum de termos, fornecendo os principais recursos para esta iniciativa de suspensão dívida, com a qual o Clube de Paris também concordou”, afirmou o G20 em comunicado conjunto.

As autoridades também pediram aos credores privados que participassem da iniciativa “em termos comparáveis”.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e o presidente do Banco Mundial, David Malpass, elogiaram nesta quarta-feira o novo acordo de alívio da dívida do G20, que suspende os pagamentos bilaterais da dívida pelos países pobres.

Georgieva, em declaração à reunião de líderes do G20, também disse que o Fundo está buscando “urgentemente” cerca de 18 bilhões de dólares em novos recursos para o Fundo para Crescimento e Redução da Pobreza para os países pobres e está explorando como o uso de direitos especiais de saque pode ajudar nesse esforço.

A suspensão da dívida durará até o final do ano, mas os credores considerarão uma possível extensão, disse o G20.

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