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Azul (AZUL4): Fitch vê risco após caso Americanas e rebaixa rating; ação desaba

10 fev 2023, 16:11 - atualizado em 10 fev 2023, 16:11
Azul
Azul fica em situação de quase calote com rebaixamento da Fitch (Imagem: Facebook/Azul Linhas Aéreas Brasileiras)

Os papéis da Azul (AZUL4) aprofundaram a queda após a Fitch rebaixar o rating da companhia em moeda local de B para CCC, um patamar acima do D, considerado calote. A agência de classificação de risco também rebaixou o rating em moeda estrangeiro de CCC+ para CCC-.

Por volta das 15h30 desta sexta-feira (10), os papéis da Azul caíam 8,51%, a R$ 8,73.

De acordo com o a agência, os rebaixamentos refletem os altos riscos de refinanciamento, as pressões no fluxo de caixa operacional da companhia, a deterioração de sua liquidez, além das restrições mais acentuadas no mercado de crédito local, em função da inadimplência da Americanas (AMER3).

Ou seja, a agência acredita que os bancos passarão a ser mais exigentes em empréstimos após o rombo da varejista, que fez o lucro de Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) despencarem.

Guilherme Ishigami, corretor da RJ Investimentos, lembra que a Azul possui muitas dívidas de curto prazo – o que coloca mais um ponto de atenção para a empresa, segundo ele.

Além disso, a Fitch vê um cenário de renegociação menos favorável para a aérea, com empresas de arrendamento e outros fornecedores, apesar do suporte comprovado destes durante a pandemia de coronavírus.

No terceiro trimestre de 2022, a Azul registrou despesas operacionais de R$ 4 bilhões, contra R$ 2,6 bilhões no mesmo período de 2021, aumento de 53,9%, impulsionado principalmente pela disparada 85,3% nos preços de combustível.

A alavancagem em relação ao Ebitda encerrou o período em 5,7 vezes.

“Ultimamente tem saído muitos casos (de problemas com dívidas), como a própria Americanas, a Marisa (AMAR3); o investidor está sem paciência para empresas que correm algum tipo de incerteza”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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