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Azul e Latam juntas: Cade aprovaria compra para elevar disputa com a Gol

26 maio 2021, 17:16 - atualizado em 26 maio 2021, 18:06
Segundo o Itaú BBA, em relatório enviado a clientes, uma provável união não enfrentaria grandes problemas no Cade

A pandemia arrasou com o setor aéreo e agora as empresas correm para estancar a sangria.

A Azul (AZUL4) já avisou que vai para cima: prepara uma rodada de aquisições, “um movimento de consolidação, tendência do setor no pós-pandemia”.

Logo a especulação em torno da união entre a companhia e a Latam cresceram. As duas empresas já tinham unido esforços para o compartilhamento de voos (codeshare), mas o acordo foi desfeito, o que chamou a atenção de analistas.

Agora, a Reuters afirmou que a Azul abordou a chilena Latam com o objetivo de comprar suas operações no Brasil.

Segundo o Itaú BBA, em relatório enviado a clientes, uma provável união não enfrentaria grandes problemas no Cade (Conselho de Administração e Defesa Econômica).

Isso porque a partir do primeiro trimestre, a sobreposição de voos entre Azul e Latam foi de apenas 6%, enquanto no caso da Azul e Gol (GOLL4) a sobreposição foi de 17%.

“Esperamos que o Cade considere principalmente a sobreposição de rotas (o principal critério usado em análises pela agência) em vez das participações de mercado totais das empresas, o que nos leva a crer que qualquer uma das duas fusões podem obter luz verde”, afirma.

Além disso, de acordo com os analistas Thais Cascello, Gabriel Rezende, Luiz Capistrano e Mateus Raffaelli, o Cade poderia estar mais inclinado a permitir que a Azul e a Latam possam unir forças para competir com a Gol do que permitir que Azul e Gol unam seus negócios para competir com uma empresa que está passando por uma recuperação judicial, como a Latam.

Latam nega

Uma porta-voz da Latam disse que a companhia aérea não recebeu nenhuma oferta da Azul, que as negociações não estavam em andamento e que a Latam não tinha intenção de vender nenhuma de suas partes.

A Latam entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA há um ano e, embora tenha garantido nova liquidez nesse processo, ainda não apresentou um plano formal de reestruturação.

Além de rotas internacionais, a Latam possui operações domésticas, não apenas no Brasil, mas também no Chile, Peru, Equador e Colômbia.

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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