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Bancão abre temporada de resultados do setor nesta semana; veja o que esperar do 1T23, segundo BTG

23 abr 2023, 14:38 - atualizado em 23 abr 2023, 14:38
Santander
Santander Brasil será o primeiro bancão a reportar resultados, no dia 25 de abril (Imagem: Angel Garcia/Bloomberg)

A temporada de resultados do primeiro trimestre de 2023 vai começar para os bancos. Santander Brasil (SANB11) dará a largada, com a divulgação do balanço prevista para terça-feira (25).

O BTG Pactual aposta que os dois destaques positivos da safra anterior, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3), voltarão a apresentar uma boa performance, visto que eles têm uma exposição de crédito mais defensiva em relação ao Santander e ao Bradesco (BBDC4).

Santander

Analistas estimam que o Santander deve apresentar um lucro líquido de R$ 2,24 bilhões, alta de 39% no comparativo trimestral, mas tombo de 43% ano a ano. O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) deve atingir 10,8%, avaliam.

“Podemos ver algum risco para estes números, principalmente devido ao menor crescimento do crédito na carteira de varejo”, pondera o time de análise do BTG.

A instituição acredita que a carteira de varejo da companhia continuará perdendo espaço no mix, enquanto o mercado de capitais estagnado deve ter acelerado a originação de crédito nos segmentos corporativos/grandes empresas.

Enquanto isso, as concessões de créditos antigos devem continuar pressionando a inadimplência e as provisões. Segundo o BTG, as provisões devem superar o portfólio geral este ano.

A expectativa dos analistas é de que a carteira de clientes NII continue crescendo menos devido a uma mudança de mix.

Bradesco

O Bradesco reporta seus resultados no dia 4 de maio e deve, de acordo com o BTG, apresentar lucro líquido de R$ 4,2 bilhões, uma forte recuperação em relação ao trimestre anterior, mas queda de 39% no comparativo anual. O ROE estimado é de 11%.

As provisões devem continuar subindo – não só no primeiro trimestre, como também no segundo. Enquanto isso, o crescimento da carteira de empréstimos pode ficar aquém das expectativas no primeiro trimestre.

“As empresas em geral estão saudáveis, com boa liquidez, mas o atual nível da Selic e a perspectiva de juros altos por mais tempo são claramente preocupantes”, destaca o BTG.

“O crescimento mais lento da carteira de crédito tem um efeito denominador negativo no índice de inadimplência”, completa.

Itaú

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Itaú deve apresentar lucro de R$ 8,4 bilhões, estima BTG (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O Itaú divulga os números do primeiro trimestre no dia 8 de maio e deve apresentar lucro líquido de R$ 8,4 bilhões (+9% trimestre a trimestre e +14% ano a ano). O ROE esperado é de 20%.

Segundo o BTG, a carteira de crédito não deve crescer muito no comparativo trimestral, pressionada por empréstimos pessoais e cartões de crédito. Porém, os empréstimos imobiliários devem surpreender de forma positiva.

“Se o crescimento do crédito estiver mais alinhado com o primeiro trimestre de 2023, pode haver uma chance maior de convergir para o limite inferior do guidance anual”, comenta.

O NII (margem financeira) deve aumentar no comparativo anual, mas cair em relação ao quarto trimestre do ano passado, devido a efeitos sazonais. O NII com o mercado pode vir um pouco menor, mas ainda dentro do intervalo previsto para 2023.

A inadimplência deve sofrer pouca alteração no comparativo trimestral. O Itaú continua confiante de que o guidance reflete o que realmente será entregue em 2023.

Para o Banco do Brasil, a expectativa é de que o resultado líquido seja o mais forte entre os quatro grandes bancos brasileiros. O modelo do BTG considera lucro de R$ 8 bilhões, mas os resultados reais devem vir maiores.

O BB reporta seus resultados no dia 15 de maio.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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