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Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) ou Santander (SANB11)? Só um bancão vai se sair bem no 2T23; veja qual

17 jul 2023, 16:53 - atualizado em 17 jul 2023, 16:53
Banco do Brasil Imóveis
Banco do Brasil deve se destacar nos resultados do 2º trimestre (Imagem: Banco do Brasil/Youtube)

Os resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23) devem dar continuidade à divergência entre os grandes bancos brasileiros. Assim como no balanço passado, o Banco do Brasil (BBAS3) deve se destacar e reportar bons números, avaliam os analistas do Itaú BBA.

Por outro lado, o Bradesco (BBDC4) e o Santander (SANB11) devem apresentar resultados fracos, devido às pressões persistentes de margem financeira (NII), despesas operacionais e provisão de crédito.

“Os investidores estarão em busca de pistas sobre se o primeiro semestre de 2023 foi ou não um ponto baixo para o setor e como o segundo semestre do ano e 2024 estão se configurando”, dizem Pedro Leduc e equipe, em relatório.

O BBA tem recomendação outperform — desempenho superior a média do mercado — para as ações do Banco do Brasil. Já para Bradesco e Santander, as indicações são de underperform para ambas — performances abaixo do mercado.

Banco do Brasil

Para Leduc e a equipe do BBA, o Banco do Brasil deve continuar se destacando entre os grandes bancos no trimestre. A estatal deve ter retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 20% e lucro em R$ 8,7 bilhões, estimam.

Os analistas esperam que o banco reporte a melhor dinâmica de crescimento da carteira de empréstimos (+3%) e margem financeira (+7%), com um aumento “modesto” nos créditos não produtivos (NPLs).

“No mínimo, é provável que o guidance para 2023 seja revisado nas entrelinhas — mais NII versos provisões mais altas –, sem impacto no lucro líquido”, dizem.

“Gostamos das ações no cenário do 2T23”, avaliam os analistas.

Bradesco

Em relação ao Bradesco, os analistas do BBA afirmam que o banco segue enfrentando desafios no negócio de crédito. Eles estimam um lucro “modesto” de R$ 4,4 bilhões, com retorno (ROE) de 11% no trimestre.

“As pressões de margem de clientes devem compensar melhor a margem de mercado, enquanto créditos não produtivos aumentam em varejo e pequenas e médias empresas”, ressaltam. Os analistas esperam que o banco tenha um pico de NPLs no período.

Leduc e equipe preveem uma recuperação mais lenta para o Bradesco, colocando o guidance para o ano em risco.

Os analistas esperam que as ações do banco tenham um desempenho abaixo da média do mercado após os resultados do segundo trimestre.

Santander

O Santander, por sua vez, provavelmente será outro ponto baixo do setor, dizem os analistas do BBA. O lucro do banco deve ser de R$ 2,3 bilhões, com um ROE de 11% e “ganhos ligeiramente melhores”.

No entanto, a companhia deve sofrer com uma carteira de empréstimos “lenta”, margens financeiras fracas e créditos não produtivos crescentes.

“Pode haver outras partes móveis relacionadas a questões legais e ganhos do acordo com a Webmotors que podem distorcer as tendências de negócios subjacentes esperadas”, avaliam Leduc e equipe.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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