Tecnologia

BBB 23: ‘Robô de Elon Musk’ é capaz de prever o ganhador?

17 jan 2023, 19:26 - atualizado em 17 jan 2023, 19:26
BBB23
Após diversas tentativas e respostas evasivas, o programa de inteligência artificial ficou indeciso entre Cezar, Aline e Paula (Imagem: BBB/Unsplash)

O Big Brother Brasil é um programa que envolve diversas complexidades sociais, como relacionamentos, convivência, empatia e competitividade. Apesar de características humanas, o programa de inteligência artificial ChatGTP, que viralizou nos últimos dias, arriscou a palpitar sobre o vencedor.

A plataforma chamada OpenAI lançou o ChatGTP recentemente. O OpenAI é a criadora por trás de DALL·E 2, um sistema de inteligência artificial que cria imagens e arte realistas a partir de apenas uma descrição básica do usuário.

Money Times perguntou ao programa se Elon Musk investiu na empresa OpenAI, recebendo a seguinte resposta:

“Sim, Elon Musk foi um dos primeiros investidores na OpenAI. Ele, juntamente com outros líderes da indústria de tecnologia, como Sam Altman e Greg Brockman, ajudou a financiar a empresa em seus primeiros dias. No entanto, ele não está mais envolvido nas operações diárias da empresa e não tem um papel direto em sua pesquisa ou tomada de decisões”, disse.

O questionamento de muitos internautas a respeito do ChatGTP é justamente sobre a falta do fator “humano” em uma inteligência artificial. A grande dúvida gira em torno do fato de uma máquina ser capaz de processar, e de fato, avaliar sentimentos e situações que envolvam o comportamento humano.

Quem será o vencedor do BBB 23?

Após diversas tentativas e respostas evasivas, o programa de inteligência artificial ficou indeciso entre Cezar, Aline e Paula.

Mas o palpite foi construído de forma puramente analítica ou o ChatGTP levou em conta as complexidades sociais?

Conforme Bruno Alano Medina, profissional na área de Inteligência Artificial e Machine Learning, o ChatGTP pode quantificar sentimentos caso seja munido de informações mais precisas.

Medina foi um dos 150 pesquisadores selecionados para auxiliar no desenvolvimento da OpenAI.

“Um modelo linguístico como o ChatGPT consegue internamente quantificar o estado emocional de uma certa frase, pela forma que você usa as palavras, se tende a usá-las mais expressivas ou com um linguajar mais pacificador. Porém, isso não é objetivo do modelo. Tampouco ele tem consciência de tais sentimentos e o que esse sentimento de fato significa. É apenas a modelagem probabilística da língua. As pessoas, quando escrevem reviews ruins para algum restaurante ou filme, tem um tempo verbal e escolha de palavras diferentes de outra que teve experiência oposta, e isso é algo totalmente natural linguisticamente”, diz.

Medina explica que, por esse motivo, é possível inclusive a elaboração de terapias mais acessíveis, como a terapia comportamental-cognitiva, que, ao ter contato direto com a máquina, ficaria mais evidente o estado mental da pessoa – muito pelo fato de que a máquina reconheceria a forma dela de se comunicar, seja por escolha das palavras ou a forma dela descrever um evento da vida real.

“Mas isso só é verdade quando você fornece de fato as palavras que a pessoa usou. É diferente de você contar uma situação ou conflito entre duas pessoas e perguntar ao algoritmo o que eles estão sentindo. Nesse caso, a máquina irá gerar uma resposta provável baseada em situações que ela leu em livros ou outros sites, mas não irá de fato estar analisando o espectro emocional das duas entidades, por mais que a resposta que ela der vá de fato parecer muito plausível”, diz.

Para ele, esse é o grande problema de modelos como o ChatGPT: muitas respostas serão plausíveis, mas o processo que ele adotou ao chegar em tal conclusão não podem ser confiáveis.

“Nesse caso, ele vai analisar o que é comum em situações parecidas, mas não é necessariamente o sentimento que alguma das partes está tendo, porque, para isso, você precisaria ter uma conversa com o mesmo”, finaliza.

Quais são as habilidades necessárias para ganhar o programa?

Para a inteligência artificial, existem algumas habilidades cruciais que podem ser determinantes para vencer o Big Brother Brasil. Algumas delas envolvem relações interpessoais, descritos detalhadamente pela máquina:

  • Habilidades sociais: a capacidade de formar alianças e construir relacionamentos com outros companheiros de casa pode ser crucial para a sobrevivência no jogo.
  • Pensamento estratégico: Ser capaz de antecipar as ações de outros jogadores e fazer movimentos calculados pode ser uma vantagem.
  • Resiliência: Ser capaz de lidar com o estresse e a pressão de viver em um espaço confinado com um grupo de estranhos por um longo período de tempo pode ser um desafio.
  • Adaptabilidade: Ser capaz de se ajustar a novas situações e mudanças no jogo pode ajudar um competidor a navegar pelas reviravoltas do show.
  • Carisma: Ter uma personalidade agradável e a capacidade de se conectar com os espectadores pode aumentar a popularidade de um concorrente e as chances de ganhar.
  • Aptidão física: Ter um bom desempenho nos desafios físicos pode ser uma vantagem.

O programa ainda ressalta que vencer o programa depende das circunstâncias e dinâmicas específicas de cada temporada e não há receita definitiva para vencer.

O que pode influenciar os votos das pessoas para eliminar alguém?

Para o ChatGTP, os fatores que podem influenciar a audiência a eliminar um participante do Big Brother Brasil são:

  • Conflitos pessoais: Se um colega de casa teve um conflito pessoal com outro colega de casa, é mais provável que ele o elimine.
  • Jogabilidade estratégica: os colegas de casa podem eliminar alguém que consideram uma ameaça às suas próprias chances de ganhar o jogo.
  • Popularidade: um colega de casa menos popular entre os espectadores ou outros colegas de casa podem ter mais chances de ser eliminado.
  • Desafios físicos: Um colega de casa que consistentemente tem um desempenho ruim em desafios físicos pode ter mais chances de ser eliminado.
  • Editar no programa: A forma como o programa é editado e como um colega de casa é retratado no programa pode influenciar a opinião do público e seu voto.
  • Base de torcedores: um companheiro de casa com uma forte base de torcedores pode ter menos chances de ser eliminado, pois os torcedores podem votar para mantê-lo no jogo.
  • Comportamento impopular: Se um colega de casa tiver demonstrado qualquer tipo de comportamento considerado inaceitável, como bullying, racismo ou sexismo, é mais provável que ele seja eliminado.

“É importante observar que esses fatores podem variar de temporada para temporada e é difícil prever exatamente o que influenciará o voto do público ou de outros colegas de casa”, alerta a máquina.

Perfil do vencedor

Para o programa de inteligência artificial, é possível que atletas olímpicos possuam características vantajosas no programa Big Brother Brasil.

O motivo está relacionado com resistência física e mental para as dinâmicas de resistência e com a capacidade de lidar com a pressão de viver em um espaço confinado por um longo período de tempo.

“Além disso, os atletas olímpicos podem ser bem conhecidos e ter uma base de fãs que pode ajudá-los a ganhar votos do público”, diz.

Os atores da casa também possuem vantagens. Para o programa, esses profissionais podem ter experiência em atuar diante das câmeras e lidar com a pressão de estar no centro das atenções.

“Eles também podem ter uma base de fãs que pode ajudá-los a ganhar votos do público. Além disso, os atores podem ter desenvolvido melhores habilidades sociais e capacidade de se conectar com outras pessoas, o que pode ajudá-los a formar alianças e construir relacionamentos com outros colegas de casa”, diz.

A inteligência artificial frisa que o desempenho e o comportamento dos participantes são um papel importante durante o programa.

A redação forneceu informações sobre o elenco do programa deste ano, limitado a profissão, idade, naturalidade. Após fornecer estas informações, pediu para a inteligência artificial determinar um ganhador.

“Sim, entendi as descrições dos participantes do BBB23. Cada um deles tem sua história e profissão específicas, e provavelmente trarão personalidades e dinâmicas diferentes para o programa”, disse o robô ao receber as informações.

No primeiro momento, a resposta foi vaga: “Como modelo de linguagem treinado por algoritmos, eu não tenho opinião ou capacidade de prever o vencedor do BBB 23. Isso é determinado pelo público através de votação. Além disso, o programa ainda não aconteceu e não temos como prever quem será o vencedor”.

A redação insistiu e pediu para que, “hipoteticamente” sugerisse os mais prováveis de ganhar o programa.

“Se eu tivesse que sugerir alguns participantes que podem cair no gosto do público baseado nas informações fornecidas, eu poderia mencionar alguns aspectos que podem ser positivos para cada um deles:

  • Paula, como uma formada em Biomedicina e trabalhando em um laboratório de análises clínicas, poderia mostrar sua inteligência e capacidade de pensar de forma lógica, isso pode agradar o público.
  • Gabriel, como administrador e modelo, poderia mostrar sua carreira bem sucedida e sua boa aparência, isso pode atrair a atenção do público.
  • Aline Wirley, como integrante do grupo musical Rouge, poderia mostrar sua habilidade como cantora e sua personalidade, o que pode agradar aos fãs de música.
  • Cezar, como enfermeiro, poderia mostrar sua dedicação à profissão e sua empatia, e isso pode ser atraente para o público.
  • Bruna Griphao, como atriz, poderia mostrar sua paixão pela arte e sua personalidade forte, isso pode ser atraente para o público.
  • Gustavo, como fazendeiro e empresário, poderia mostrar sua força de trabalho, sua liderança e sua habilidade para tomar decisões, o que pode ser atraente para o público.

Esse é apenas um exemplo hipotético de como alguns participantes podem cair no gosto do público, mas é importante lembrar que o BBB é um programa dinâmico e imprevisível, e não há como garantir qual participante será o mais popular.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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