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BlueBenx se pronuncia acerca de saques travados; dinheiro será devolvido a partir de 2023

17 ago 2022, 19:54 - atualizado em 17 ago 2022, 20:18
Ataque hacker bluebenx benx
(Imagem: Unsplash/Lewis Kang’ethe Ngugi)

A plataforma de investimento em criptoativos BlueBenx anunciou, na última quinta-feira (11), que iria travar os saques de seus usuários. Sem conseguir contato com a empresa, clientes ficaram preocupados com um possível golpe por parte da operadora.

Nesta quarta-feira (17), a corretora BlueBenx divulgou um comunicado à imprensa sobre o ocorrido.

A alegação da empresa é a de que havia sido vítima de um ataque hacker “extremamente agressivo”, entretanto a empresa, até o momento, não havia dado qualquer detalhe sobre como o suposto ataque teria acontecido.

A redação do Crypto Times entrou em contato com um dos clientes lesionados através de um grupo público no Telegram e ouviu seu lado da história nesta matéria.

Em comunicado, a BlueBenx diz ter sido alvo de golpistas que “se passaram por representantes de uma corretora cripto em meio a uma negociação de listagem do seu próprio token, o Benx.”

De fato, o token BENX chegou a ser lançado e derreter 99% logo após, estimando um prejuízo de mais de US$ 200 milhões.

Entre os dias 25 e 26 de julho, o token chegou a derreter 99%, de US$ 0,22 para US$ 0,0002.

bluebenx hacker benx
(Imagem: bscscan.com/Reprodução)

No dia 26 de julho o token bateu o recorde de transferências: foram 3.847 transferências de mais de 457 milhões de BENX para 315 endereços únicos, segundo o BNBscan – explorador de blocos da BNB Smart Chain.

bluebenx hacker benx
(Imagem: bscscan.com/Reprodução)

Não é possível determinar com certeza quem é o emissor dos criptoativos.

Mas, segundo a BlueBenx, os supostos golpistas disfarçados de representantes exigiram um pagamento de US$ 200 mil, além do envio de 25 milhões de unidades do token Benx, como requisito para listar o ativo na empresa de comércio e negociação de criptoativos.

“Após o pagamento e o envio dos tokens, prática de segurança e validação comum entre operações, o falso representante da instituição captou os valores e realizou milhares de transações de retiradas de liquidez nos pools onde a empresa mantinha seu token listado na DeFi [finanças descentralizadas], levando a um escoamento, em minutos, de toda liquidez dos ativos investidos no BlueBenx Finance, incluindo os fundos de reserva em USDT.”

Todavia, até hoje, ainda estão havendo negociações de trocas entre BENX e tokens como BUSD – stablecoin da BNB Chain -; Position Token (POSI) e USDC.

bluebenx hacker benx
(Imagem: bscscan.com/Reprodução)

Demissão de funcionários da BlueBenx

Por conta dessa situação, a BlueBenx disse ter tomado “medidas impopulares” e, por “ordem de segurança” e “garantias para os investidores”, realizou a demissão de parte dos colaboradores e fornecedores com acesso privilegiado, como forma de limitar o acesso às contas.

Conforme na matéria anterior, o cliente afetado pela situação – que pediu ao Crypto Times para se manter em anonimato – um dos funcionários da empresa – a quem foi pedir ajuda – disse que havia sido demitido.

“Essa decisão ocorreu para que o Comitê de Gestão de Crise pudesse efetuar diligências de investigação de processos internos e externos sem quaisquer conflitos de interesse. Além disso, a empresa abriu mão de sua sede e ativos físicos para poder cumprir com suas obrigações legais e contratuais com seus clientes.”

O plano atual da corretora, conforme a própria empresa, passou a ser o de “dar garantia, segurança e confiabilidade sobre os montantes investidos pelos investidores e tokenizar todos os bens disponíveis”.

Isso inclui saldos remanescentes e valores que serão recebidos por meio da negociação dos ativos da empresa, como softwares, equipamentos e demais bens, segundo o comunicado.

“Tão logo esses valores sejam levantados, a empresa irá utilizá-los para cumprir com todas as obrigações com clientes e o mercado.”

A BlueBenx também diz que dentre mais de 25 mil clientes, apenas 2.500 foram afetados pelo golpe sofrido.

“O plano de recuperação prevê que esses clientes poderão resgatar suas aplicações a partir de 2023. Neste momento, a empresa conta com uma equipe de 11 pessoas que estão trabalhando dia e noite para honrar todos os seus compromissos.”

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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