Setor Automotivo

BMW aposta em retomada econômica do Brasil para elevar vendas

27 jun 2021, 10:00 - atualizado em 25 jun 2021, 16:57
BMW
No acumulado do ano até maio, as vendas da BMW estão 50% maiores do que no mesmo período de 2020 (Imagem: Pixabay)

A BMW AG espera vender significativamente mais carros premium no Brasil este ano, ao esperar que a maior economia da América Latina saia da pandemia para um período de retomada sustentável.

A montadora alemã prevê que suas vendas no Brasil aumentem 10% em relação aos níveis de 2019, à medida que a vacinação se acelera e o ambiente de negócios melhora.

No acumulado do ano até maio, as vendas da BMW estão 50% maiores do que no mesmo período de 2020.

“Acreditamos numa retomada e nossa estratégia, pautada na digitalização e nos clientes, tem mostrado resultado e nos da confiança de permanecermos no Brasil”, disse Aksel Krieger, presidente da BMW Brasil em entrevista. “O ambiente de negócios deve melhorar e isso dá muito mais força para o nosso futuro”.

A Ford Motor Co. encerrou em janeiro um século de produção de automóveis no Brasil – fechando três fábricas que empregavam 5 mil pessoas – como parte de uma reestruturação mais ampla das operações de baixo desempenho.

A Mercedes-Benz encerrou, em dezembro, a montagem de automóveis em Iracemápolis. A BMW planeja manter sua unidade de montagem em Araquari, Santa Catarina, que pode produzir até 32.000 carros, embora atualmente use apenas cerca de 30% da capacidade.

As vendas de automóveis despencaram 26,2%, para 2,06 milhões de unidades no Brasil em 2020, interrompendo um período de três anos de crescimento, colocando o país como sétimo maior mercado global em vendas.

A BMW interrompeu a produção em Araquari entre abril e maio do ano passado e recorreu às vendas online, por meio do Instragram, Facebook (FB) e de uma parceria com a Farfetch Ltd., plataforma de comércio eletrônico de luxo.

“Fortalecemos muito a nossa parte digital, havia muita coisa no gatilho e a pandemia antecipou isso”, disse Krieger. “Fizemos cinco anos em um na parte digital”.

Krieger atribui uma decisão futura sobre investimentos em modelos eletrificados na fábrica brasileira à previsibilidade e à demanda do mercado. “Quanto mais isso aumentar ajudará numa decisão de investir na produção de elétricos no Brasil”, disse ele sem dar detalhes.

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