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Boi a termo e compras da mão para boca evitam atropelo dos preços pelos frigoríficos

13 jul 2021, 16:38 - atualizado em 13 jul 2021, 16:38
Exportações são atendidas com compras de boi travadas antecipadamente (Confinamento Coplacana)

Entre um monte de boi a termo e de seus próprios confinamentos e um pouco de sobra de boi de pasto, liquidado quando o frio apertou, os frigoríficos estão conseguindo segurar os preços da entressafra.

No primeiro caso, os dados de exportações de carne bovina não desmentem, já que boi contratado antes com grandes confinadores é todo ele para mercado externo.

Das 52,99 mil toneladas negociadas nos primeiros dias úteis de julho, 24% foram a mais que na última semana de junho (2,87% de alta diária sobre o mesmo tempo de 2020), que também valorizou 3,38% a tonelada em dólar.

Então não tem havido acréscimo da @ pela necessidade de atender o mercado externo. O interno dita o mercado.

Como o valor não tem subido – na semana passada havia essa expectativa diante do feriadão paulista pós data de pagamento dos salários -, há de se concluir que as geadas passadas fizeram alguns produtores venderem.

“Sem pasto, o boi volta [perde peso]”, comentou um confinador com base em São Paulo e recria no Mato Grosso e Pará, para quem as indústrias conseguiram alguns lotes na bacia das almas e mantiveram e, em alguns casos, alongaram as escalas.

Pouco, mas o suficiente para abastecer o varejo nas condições em que se apresenta há muito, da mão para a boca.

Em São Paulo, a média vista pela a Agrifatto, à vista, para desconto do Funrural, está em R$ 315, perdendo o suporte dos R$ 320 do início da semana passada. Na Scot, livre de imposto, a @ está em R$ 308, estável igualmente.

Referências abaixo do indicador Cepea da segunda, em R$ 319, em recuo marginal de 0,11%, praticamente igual ao registrado pelo Balizador GPB Datagro, que pondera média de cinco dias úteis.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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