Agronegócio

Boi gordo: limite para a alta já chegou ou está chegando?

27 nov 2019, 18:31 - atualizado em 27 nov 2019, 18:33
Conjuntura da pecuária, com abate acima da capacidade produtiva, mostrou altas recordes nos dois últimos meses

Money Times deu há seis dias que alguns frigoríficos de porte médio, e mesmo algumas unidades dos grandes, temiam pelas operações, com a falta de bois e altas descontroladas. Respaldados até por produtores, também lançavam dúvidas sobre o limite de absorção dos consumidores nos repasses ao varejo. Por um, pelo outro, ou pelos dois, agentes acreditam num limite nas cotações da @.

Apesar de que há ainda plantas que contam com volume de bois mais baratos entrando – o boi a termo, contratado há meses, pré-fixado -, também como foi mostrado aqui, segunda (25), não é geral.

Mas mesmo essas também vão tentar pressionar contra o produtor, já que o consumo começa a dar sinais de certo recuo.

Nos próximos dias o cenário ficará mais claro.

O boi já subiu em torno de 40% em novembro, a carne já é praticada com até 80% a mais no supermercado.

“O consumo interno na verdade é o que vem bancando as operações e não são as exportações como todos falam”, afirma um diretor de frigorífico paraense, sob anonimato.

Para ele, é fato que muitas empresas estão espremidas pelas duas pontas, sobretudo em São Paulo. Estão com operações já com capacidade ociosa, pela falta de animais a preços mais amigáveis, já que sentem recuo das vendas no atacado.

Mesmo com saques do FGTS, empregos temporários, as parcelas do 13º salário (a segunda ainda chega em dezembro), que irrigaram bem a economia, a população pode estar começando a tirar o pé.

Há alguns dias o ritmo de expansão das cotações ficou mais controlado.

Caio Junqueira, da Cross Investimentos e gestor do app AgroBrazil, em entrevista ao Notícias Agrícolas, chegou a apontar que em São Paulo os R$ 230,00 na média atual pode estar sendo visto como limite.

Há negócios acima, entre R$ 240,00 e R$ 250,00, mas com dias contados, porque, por definição, são para donos de grandes volumes.

As escalas de abate estão curtas em todas as regiões.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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