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Boi gordo: Preços caem 14% na parcial de maio, com retomada acelerada das exportações pós-embargo

11 maio 2023, 10:42 - atualizado em 11 maio 2023, 10:42
De acordo com o Cepea, a queda nos valores do animal pode ser amenizada pelas exportações do boi gordo (Foto: Minerva Foods)

Os preços do boi gordo seguem enfraquecidos no mercado paulista. Na parcial de maio até o dia 9, o indicador do boi Cepea/B3 registra média de R$ 268,77, sendo 6% inferior à de abril de 2022 e 14% abaixo na comparação com maio do ano passado, em termos reais.

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), além da recuperação na oferta de animais nestes anos recentes, a suspensão dos envios de carne bovina à China entre fevereiro e março deste ano alongou as escalas de muitos frigoríficos.

Quanto ao pecuarista, com a chegada do outono, as condições das pastagens começam a ficar desfavoráveis, o que já tem levado pecuaristas a elevar a oferta de animais.

Exportações

A atual tendência de queda nos preços do boi pode ser amenizada, de acordo com agentes consultados pelo Cepea, pelas exportações da proteína, que avançam em ritmo intenso em maio.

O Brasil escoou 42,809 mil toneladas de carne bovina na primeira semana de maio, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

Assim, a média diária de embarques está em 10,702 mil toneladas, contra 6,9 mil toneladas em maio do ano passado, um avanço de 55,1%.

Dessa forma, caso o ritmo diário se mantenha até o fim de maio, o Brasil pode exportar mais de 230 mil toneladas, volume recorde.

Boi gordo para engorda

Na visão de Fernando Iglesias, analista de proteína animal da Safras & Mercado, os preços dos insumos com nutrição do boi gordo têm apresentado quedas, cenário que favorece o confinador.

“A queda nos preços do farelo de soja e milho, dois dos principais insumos da criação animal, é benéfica ao confinador, esse recuo permite uma melhora da rentabilidade”, diz.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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