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Boi não consegue reforço e vai entrar janeiro sem força para enfrentar a sazonalidade de baixa

15 dez 2022, 12:49 - atualizado em 15 dez 2022, 12:49
Argentina,Carnes
Atacado de carne bovina segue morno, com varejo sendo pressionado (Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci)

A Agrifatto considera que nos próximos dias, às portas das festas de fim de ano, o boi gordo deverá sofrer ajustes negativos.

O elemento mais negativo, por trás, é que em janeiro a queda é sazonalmente mais típica, uma vez que passadas as comemorações, as férias entrando e os compromissos da população aumentando, o mercado cai. E praticamente sem exportações à China, que costuma voltar às compras somente no meio de fevereiro.

O cenário para o período final deste ano é diferente de outros dezembros. Mais pressionado pelo baixo consumo que nos anteriores.

E, ainda, tendo a favor, no segundo semestre, uma desaceleração da inflação, de modo que poderia servir de mola para aumento do consumo de carne, como de outros itens.

Estamos lembrando, para compor esse cenário, os apoios dados pelo presidente Jair Bolsonaro, na corrida eleitoral.

O Auxílio Brasil foi a R$ 600 e caminhoneiros e taxistas igualmente obtiveram ou voucher extra.

Enfim, nem 13º salário, na primeira parcela, somou. Apenas um leve repique nas cotações logo nos primeiros dias após 25 de janeiro. É como se fosse uma segunda quinzena qualquer dos outros meses, sempre mais na baixa que nos primeiros quinze dias.

Com tudo isso, a consultoria tem percebido o atacado “morno”, mesmo nas carnes com ossos, com o risco de aumentar a disponibilidade nas mãos do varejo.

Nesse caso, mais pressão sobre o boi, sem pressa para os frigoríficos originarem matéria-prima. As escalas estão em 12 dias, outra situação nova para o momento.

Entre R$ 285 do boi comum e os R$ 295 do de classificação China – aliás, este perdeu R$ 5 nos últimos dias, com base em dados mais lentos de exportações -, é o que a Agrifatto registrou de ontem para esta quinta (15).

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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