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Bolsa: 28 analistas elegem as 5 melhores ações para comprar em maio; veja a lista

06 maio 2022, 16:01 - atualizado em 06 maio 2022, 19:58
Indicações de maio não trouxeram grandes novidades em relação ao mês anterior (Imagem: Shutterstock)

Abril demostrou que a euforia de março tinha data de validade nos mercados. Alguns economistas e analistas já alertavam para o fato de que, do lado macroeconômico, não havia justificativa para estar otimista.

E foi exatamente que aconteceu: o Ibovespa passou por forte correção, despencando 8% e praticamente zerando os ganhos do ano.

Os fatores que levaram a essa queda são bem conhecidos pelos investidores: inflação e as políticas monetárias dos bancos centrais mundo afora.

A elevação dos preços, que já estava pressionada pela pandemia da Covid, foi agravada pela guerra da Ucrânia. Analistas afirmam que o Fed, o banco central americano, está atrasado em relação à curva de juros.

“A partir do momento que foram divulgados dados econômicos relevantes neste mês de abril e também foram realizados depoimentos por ambos os presidentes dos bancos centrais daqui e dos EUA, a situação nos mercados, principalmente no Ibovespa, mudou de figura”, diz a Ágora Investimentos.

O que mudou?

O BB Investimentos lembra que os fatores que deram suporte à forte entrada de capital estrangeiro nos três primeiros meses do ano fundamentalmente não mudaram, como:

  • exposição do país ao segmento de commodities,
  • direcionamento do fluxo entre emergentes com a exclusão da Rússia dos portfólios;
  • preferência por empresas de valor.

Porém, o diferencial de juros perde um pouco de força diante da perspectiva de um ciclo mais acelerado de elevação de juros nos EUA, destaca.

Na visão do BTG Pactual, embora o ciclo de aperto monetário nos EUA não ajude as ações dos mercados emergentes em geral, e as ações brasileiras em particular, “continuamos achando que o país está relativamente bem posicionado no atual ambiente geopolítico desafiador”.

O que esperar para maio?

Para maio, a extensão dos conflitos na Ucrânia – e principalmente as novas sanções que podem ser desencadeadas — além dos lockdowns na China e novas estimativas de crescimento – baixistas – do gigante asiático pesam sobre os mercados.

No Brasil, a temporada de resultados (já iniciada) tende a mostrar balanços de neutro a positivos, com recuperação em performances operacionais no geral, mas sem deixar de lado o impacto da pressão inflacionária sobre custos e margens, coloca o BB.

“Por mais que a taxa de juros esteja caminhando para patamares mais elevados, os primeiros sinais de desaceleração inflacionária local podem resultar em uma maior visibilidade quanto ao fim do ciclo de alta, o que seria favorável aos papéis de empresas cíclicas e mais endividadas”, completa.

Pensando nisso, o Money Times realizou levantamento com 28 analistas para listar quais ações estão no radar das principais casas de análises, corretoras e bancos do país.

Para maio, foram indicados 87 ativos, somando 249 recomendações.

Participaram do levantamento Ágora InvestimentosAtiva InvestimentosBB InvestimentosBTG PactualCM CapitalNu investElevenEliteEmpiricusGenial InvestimentosGuide InvestimentosInter Research, Itaú BBAMyCapModalmaisNova Futura, Órama, Planner, RB Investimentos, Banco SafraSantanderTerra InvestimentosToroInversa, Warren, PagBank e Vitreo.

As favoritas

Em maio, a Vale (VALE3) continuou liderando as indicações, com 18 recomendações. O grande destaque ficou por PetroRio (PRIO3), que apareceu em segundo lugar, com 12 indicações, seguidos de JBS (JBSS3), Banco do Brasil (BBSA3) e Petrobras (PETR3). Veja na tabela a seguir:

Empresa Ticker Recomendações
Vale VALE3 18
PetroRio PRIO3 12
JBS JBSS3 11
Banco do Brasil BBSA3 10
Petrobras PETR3 10

Pódio

1º Vale

Para o BTG Pactual, a tese de investimentos da Vale pode se estender bem até 2023.

“A administração continua altamente disciplinada na alocação de capital (modelo de negócios asset-light), o que implica que a maior parte da agenda deve ser orientada para os retornos de caixa dos acionistas – projetamos um yield de 15% para 2022”, coloca.

Na visão da Ágora Investimentos, que recomenda a ação, mesmo que a guerra entre Rússia e Ucrânia termine, as interrupções no fornecimento levaram alguns trimestres até uma normalização completa, ao mesmo tempo em que os estímulos chineses potencialmente aumentarão a demanda por minério de ferro.

“De qualquer forma, os preços mais altos de minério de ferro impulsionam resultados, compensando os volumes mais fracos e os custos mais altos”, completa.

2º PetroRio

Segundo a MyCap, que recomenda a ação, a companhia apresentou positivos resultados subsequentes e possui elevado caixa, que possibilitam investimentos em melhorias das operações e novas aquisições.

“Lembrando que a companhia esta na finalização para aquisição do campo de Albacora, que se concluída tem potencial de triplicar a produção, ainda com a opcionalidade para explorar o pré-sal — ainda em fase de testes para exploração comercial”, diz.

3º JBS

Os analistas do Santander seguem confiantes com o papel. Segundo o banco, a JBS proporcionará sólidos retornos aos acionistas em termos de valorização do preço das ações e dos dividendos, apoiada por seus portfólios de proteínas variado e diversificação geográfica, que mitigam a volatilidade da margem e do FCL.

“Vemos as ações sendo negociadas a 3,2x o valor de firma sobre o resultado operacional (EV/Ebitda) com um desconto de aprox. 65% em relação aos últimos 5 anos (5,3x), com múltiplos de 2023E também atraentes, apesar de nossas expectativas de um Ebitda menor em 2023”, calcula.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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