Política

Bolsonaro diz que acordo com Argentina por gás de Vaca Muerta “está de pé”

10 jun 2022, 15:50 - atualizado em 10 jun 2022, 15:50
Jair Bolsonaro
O governo brasileiro tem reclamado do acordo de gás com a Bolívia desde que o país vizinho cortou no mês passado 30% do gás enviado ao Brasil para enviar à Argentina, que estava passando por problemas de fornecimento (Imagem: REUTERS/Lauren Justice)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira, que o acordo com a Argentina para exploração de gás no projeto de Vaca Muerta está de pé, mas que o Brasil não pretende parar de importar gás da Bolívia.

Bolsonaro, que teve na quinta-feira um encontro bilateral improvisado com o presidente argentino, Alberto Fernández, às margens da Cúpula das Américas, usou seu discurso durante a reunião plenária do encontro para falar sobre o tema.

“Fernández, continua em frente o nosso acordo de gás de Vaca Muerta. Pode ter certeza, será bom para nossos dois países, e nós não deixaremos de continuar importando gás da Bolívia”, afirmou.

O governo brasileiro tem reclamado do acordo de gás com a Bolívia desde que o país vizinho cortou no mês passado 30% do gás enviado ao Brasil para enviar à Argentina, que estava passando por problemas de fornecimento.

Na época, Bolsonaro chegou a dizer que o corte havia sido um conluio entre o governo boliviano e a direção da Petrobras para prejudicá-lo.

“A Bolívia cortou 30% do nosso gás para entregar à Argentina. O gás, se tiver que comprar de outro local, é cinco vezes mais caro. Quem vai pagar a conta? É um negócio que parece orquestrado para favorecer vocês sabem quem”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores.

O projeto entre Brasil e Argentina para Vaca Muerta prevê a construção de uma rede de gasodutos que ligariam a mina argentina ao sul do Brasil, em uma proposta de investimento de 3,7 bilhões de dólares e ligações de 1,4 mil quilômetros.

O tema já havia sido discutido entre os dois presidentes em 2020, mas esbarrava na intenção do Brasil de aumentar sua própria produção de gás. O tema voltou a ser tratado na rápida reunião entre Fernández e Bolsonaro durante a cúpula.

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