Casa Civil

Bolsonaro elogia Guedes e diz que ministro fica no governo até “nosso último dia”

18 fev 2020, 17:08 - atualizado em 18 fev 2020, 18:33
Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes, durante cerimônia no Palácio do Planalto
“O Paulo Guedes não pediu para sair”, disse Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa da atuação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e afirmou que, mesmo com “alguns problemas pontuais como todos nós temos”, ter certeza que ele vai continuar no governo até o nosso último dia.

“Se Paulo Guedes tem alguns problemas pontuais como todos nós temos, e ele sofre ataques, é muito mais pela sua competência do que (por) possíveis pequenos deslizes. E eu já cometi muitos, muitos no passado”, disse Bolsonaro, em cerimônia no Palácio do Planalto, acrescentando que todos devem muito ao ministro da Economia.

“O Paulo Guedes não pediu para sair. Aliás, eu tenho certeza que, assim como ele é um dos poucos que eu conheci antes das eleições, ele vai continuar conosco até o nosso último dia”, completou o presidente.

Guedes foi alvo de críticas públicas recentemente por duas declarações que fez. Primeiro, chegou a comparar servidores públicos a “parasitas”. Depois, ao comentar a cotação do dólar, disse que a taxa de câmbio mais baixa no passado permitiu que até empregadas domésticas viajassem à Disney.

A fala de Bolsonaro ocorreu na solenidade de transmissão de cargo do novo ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, que ocupará a pasta outrora comandada por Onyx Lorenzoni, agora ministro da Cidadania.

Índios

Em seu discurso, Bolsonaro disse ter conversado nesta manhã com representantes de várias etnias indígenas. Destacou que o governo não quer nem eles querem ser tutelados pelo Estado.

O presidente disse que o desejo dos indígenas é se integrar à sociedade e que, só dessa forma, unindo e integrando a Amazônia será possível dizer que o Brasil é um país de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão.

Bolsonaro fez uma referência indireta ao projeto, encabeçado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque e encaminhado ao Congresso, de permitir a exploração das terras indígenas. Segundo ele, essa é uma forma de dizer para o mundo que não há divisão entre nós. “Somos todos iguais”, reforçou.

Bolsonaro afirmou que Braga Netto, que assume a Casa Civil, é mais do que um bom militar, é um “bom cidadão”. Avaliou que ele vai ter no cargo uma função semelhante à que tinha na chefia do Estado Maior do Exército.

O presidente disse que ele vai coordenar e o auxiliar no contato com os ministros e na solução dos problemas que ocorrerem.

(Atualizada às 18h33)

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