Política

Bolsonaro reconhece falta de comprovação da cloroquina, mas diz que muitos foram curados

21 maio 2020, 20:36 - atualizado em 21 maio 2020, 20:36
Jair Bolsonaro
Bolsonaro criticou a decisão de um grupo de senadores do PT de ter entrado com um requerimento no Tribunal de Contas da União (TCU) para anular a validade do protocolo que ampliou o uso da cloroquina (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira em transmissão feita pelas redes sociais que há muitos relatos de quem tomou a cloroquina no início dos sintomas da Covid-19 e está curado, mesmo reconhecendo que não há no momento comprovação científica de eficácia.

“Tem muita gente que se curou”, disse Bolsonaro, que mais uma vez não mostrou nenhum dado ou estudo que embase tal afirmação.

Após pressão do presidente, o Ministério da Saúde mudou sua orientação e passou a recomendar o uso da cloroquina e seu derivado, hidroxicloroquina, desde os estágios iniciais do Covid-19. Anteriormente, os medicamentos eram recomendados apenas para casos graves

Segundo o presidente, muitos hospitais particulares já vinham receitando a medicação, enquanto no sistema público o uso era “meio camuflado”, uma vez que não havia protocolo do ministério. Ele disse que agora, com o novo entendimento, está liberada a prescrição do remédio na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Bolsonaro criticou a decisão de um grupo de senadores do PT de ter entrado com um requerimento no Tribunal de Contas da União (TCU) para anular a validade do protocolo que ampliou o uso da cloroquina.

Ele disse que, se voltar ao que era antes, os pacientes da rede pública terão que deixar de usar a cloroquina, enquanto o usuário de hospital particular poderá usar.

Em um tom mais ameno do que em falas anteriores, o presidente disse que a política restritiva de isolamento social depende de cada governador ou prefeito, mas ressaltou que deseja que o “Brasil volte à normalidade”.

Ele participou pela manhã de uma videoconferência com governadores e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Bolsonaro disse que até defende o uso da máscara, que disse ser uma forma de permitir a reabertura do negócios, e repetiu que boa parte da população vai se infectar com o vírus.

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