Economia

Brasil deve se preocupar com primeira alta de juros do Japão em 17 anos? Veja a resposta

19 mar 2024, 17:13 - atualizado em 19 mar 2024, 17:13
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Aumento na taxa de juros do Japão é considerada “histórica”, mas o que o Brasil tem a ver com isso?  (Imagem: REUTERS/Toru Hanai)

Na madrugada desta terça-feira (19), o Banco do Japão (BoJ) elevou a sua taxa de juros para um intervalo entre 0% e 0,1%. Mas como a medida no país afeta a economia do Brasil? O aumento, saindo da taxa negativa de 0,1%, foi o primeiro do Japão em 17 anos.

Para Regis Chinchila, analista-chefe da Terra Investimentos, o país manteve um tom “dovish” (suave) ao enfatizar que as condições financeiras permanecerão relaxadas, apesar das mudanças nas taxas.

Regis afirma que “o efeito nos nossos juros acaba sendo sentido mais pela questão cambial, com pressão do fluxo de investimentos global”.

Juros americanos causarão impacto maior que o Japão

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, afirma que é um momento histórico para a economia japonesa, que também aboliu o controle da curva de juros. Moreno diz que a reação do mercado à notícia não foi tão forte, fazendo com que os impactos ao Brasil não sejam tão evidentes.

Um possível impacto diante da notícia seria a atração de investimentos para o Japão, com os investidores buscando taxas de juros maiores e mais interessantes.

Claudia acrescenta que a economia brasileira será impactada de forma mais forte pelo rumo da taxa de juros dos Estados Unidos. Amanhã (20), por exemplo, haverá mais uma Super-Quarta, quando o Federal Reserve (Fed) e o Banco Central brasileiro anunciam, com uma diferença de poucas horas, as novas taxas de seus países.

“Recentemente temos visto dados fortes da inflação, observando inclusive uma aceleração do dado na margem. Isso pode fazer com que o Banco Central americano não corte os juros tão rápido”, finaliza a economista. O iene, moeda japonesa, recuava nesta terça-feira (19), apresentando queda de 1,28%.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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