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BrasilAgro tem salto no lucro em 2020/21 e projeta boa rentabilidade na nova safra

01 set 2021, 14:48 - atualizado em 01 set 2021, 14:53
Soja
Segundo a BrasilAgro, com os custos atuais, “esperamos que o bom nível de rentabilidade se mantenha na operação também para a 2021/22” (Imagem: REUTERS/Bryan Woolston)

A BrasilAgro (AGRO3), companhia que atua na compra e venda de propriedades rurais e também na produção agrícola, reportou salto de 277% no lucro líquido do quarto trimestre da safra 2020/21, para 127,9 milhões de reais, com impulso do bom momento de preços que atravessa o setor apesar de uma quebra de safra por intempéries.

A companhia, que opera no Brasil, Paraguai e Bolívia, disse ainda que entra no novo ano-safra 2021/2022 “preparada para se beneficiar da conjuntura de câmbio e preços das commodities.

Segundo a BrasilAgro, com os custos atuais, “esperamos que o bom nível de rentabilidade se mantenha na operação também para a 2021/22”.

“Sem contar a valorização das terras, que teve importante impacto na avaliação do portfólio atual, avaliado em 3,4 bilhões de reais, reforçando nosso modelo de negócios…”, destacou em comunicado de resultados.

No ano-safra completo 2020/21, a empresa teve lucro líquido 166% maior, para 317,6 milhões de reais.

O indicador de geração de caixa Ebitda ajustado somou 365,7 milhões no ano completo, alta de 106%, “resultado que reflete uma receita líquida de 721,9 milhões de reais, composta por 58,9 milhões de reais de venda de fazendas e 663 milhões de reais de vendas de produtos agrícolas”, disse em nota o CEO da BrasilAgro, André Guillaumon.

A companhia destacou que a cana-de-açúcar puxou a lista dos que mais geraram receita na safra, com 264,9 milhões de reais, sendo 88,9 milhões de reais no quarto trimestre.

A soja apareceu na sequência com receita líquida, com 235,7 milhões de reais na safra e 113,7 milhões de reais no trimestre.

Os bons resultados ocorreram apesar das adversidades climáticas, que atingiram a produção.

A BrasilAgro produziu 282 mil toneladas de grãos, divididos entre as culturas de soja, milho e feijão.

“Houve uma redução de 18,4% em relação a estimativa inicial de produção, que era 346 mil toneladas de grãos”, informou a companhia.

Colheita de cana-de-açúcar
A companhia destacou que a cana-de-açúcar puxou a lista dos que mais geraram receita na safra, com 264,9 milhões de reais, sendo 88,9 milhões de reais no quarto trimestre (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A cana-de-açúcar, que teve a colheita iniciada em abril, gerou 695 mil toneladas até o fim de junho, com média de 85,4 toneladas por hectare. A estimativa é colher 2,2 milhões de toneladas até o final da safra 2021/22.

Segundo a empresa, as geadas de julho no Centro-Oeste afetaram os canaviais.

O CEO da companhia citou ainda que a BrasilAgro está em momento de aceleração no plano de crescimento com duas importantes captações, com destaque para o “follow on”, que levantou 500 milhões de reais e a emissão de CRA, no valor de 240 milhões de reais.

Entrevista: como investir em agro em 2021?

O Money Times conversou com Jojo Waschmann, CIO da Vitreo, para entender qual é a melhor maneira de investir em um setor que não para de crescer no Brasil: o agronegócio.

Com grande destaque no país, muitos se perguntam como é possível ganhar dinheiro com commodities agrícolas, sem ter que colocar as próprias mãos na terra.

Sabendo disso, a gestora está lançando o Vitreo Agro, com administração do BTG Pactual, que é o primeiro fundo multimercado de agronegócio do Brasil. Nele, o valor mínimo de investimentos é de R$ 100.

De acordo com Waschmann, a taxa de administração do fundo é de apenas 0,9%, ou seja, a cada R$ 1 mil investidos, você paga apenas R$ 9.

E a taxa de performance é de 10% sobre o resultado positivo que exceder 100% do CDI, o seu benchmark.

Confira o balanço da BrasilAgro:

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