Pagamentos

Brasileiro adota celular como principal canal ao fazer transferências bancárias

25 jun 2021, 7:50 - atualizado em 25 jun 2021, 9:26
Celular Tecnologia
O número de transações feitas pelo celular chegou a 52,9 bilhões em 2020, ante 37 bilhões no ano anterior, e pela primeira vez representou mais da metade das operações feitas no país, segundo a Febraban (Imagem: Divulgação/Ascom MCom)

O celular ganhou mais uma função importante no dia-a-dia das pessoas: tornou-se o canal favorito dos brasileiros para pagar contas, fazer transferências, contratar crédito e as demais operações bancárias, à medida que a pandemia de Covid-19 acelerou a migração.

Em 2020, pela primeira vez, as transações realizadas no mobile banking representaram mais da metade (51%) do total das operações feitas no país, revela a pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), divulgada no dia 24 de junho.

O número de transações feitas pelo celular chegou a 52,9 bilhões, ante 37 bilhões no ano anterior.

Em todos os canais bancários (celular, internet, maquininhas, agências, caixas eletrônicos, correspondentes bancários e contact centers), o total das operações feitas pelos clientes chegou a 103,5 bilhões, um crescimento de 20% — o maior dos últimos anos do estudo, realizado pela Deloitte.

Juntos, os canais digitais (internet banking e mobile banking) concentram 67% de todas as transações (68,7 bilhões) e são responsáveis por 8 em cada 10 pagamentos de contas, e por 9 em cada 10 contratações de crédito.

Entre os 21 bancos que participaram do levantamento, 8 responderam que foram abertas 7,6 milhões de contas pelos canais digitais, uma alta de 90% ante 2019.

A pesquisa também mostrou que um cenário de pandemia, os bancos continuam aumentando seus gastos com tecnologia bancária, totalizando R$ 25,7 bilhões no ano passado, um aumento de 8% em relação a 2018.

E também revelou que 10% do orçamento de TI é voltado para a cibersegurança, com o objetivo de garantir transações com total segurança para os brasileiros em seu dia a dia.

“Continuamos com uma tecnologia bancária de ponta, inovadora, moderna, segura e acessível, o que permitiu que nossos clientes ficassem em casa e sequer precisassem ir aos bancos para pagar suas contas, conferir suas finanças, e tocar seus negócios”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban.

Investindo pelo celular

Mercados Análise Técnica
A contratação de investimentos pelo celular decolou 64% em 2020, segundo a Febraban (Imagem: Unsplash/ Mark Finn)

A pesquisa revelou que as transações com movimentação financeira feitas pelo celular registraram um salto de 64% em 2020, impulsionadas pelo contexto da pandemia e do auxílio emergencial.

Praticamente, todas as operações disponíveis para os clientes bancários pelo smartphone cresceram em 2020: contratação de investimentos (+63%), transferências/DOC/TED (+60%), pagamentos de contas (+51%), contratação de crédito (+44%).

Segundo o levantamento, o total de contas ativas no mobile banking — conta com alguma movimentação nos últimos seis meses — mais que dobrou, passando de 92,4 milhões para 198,2 milhões.

Deste total, 70 milhões foram abertas devido ao auxílio emergencial. Entretanto, o estudo mostra que mesmo sem considerar o efeito do auxílio emergencial, o crescimento teria sido de 39%.

Já os clientes heavy users (que utilizam mais de 80% das transações em um único canal) registraram um crescimento de 113%, passando de 35,7 milhões para 76,3 milhões no ano passado.

“Com a popularização dos serviços financeiros pelos canais digitais, continuamos avançando no terreno importante da inclusão financeira no Brasil, especialmente com o mobile banking, que permite carregar o banco em seu bolso e acessar em qualquer hora ou local, serviços antes restritos a agências bancárias”, afirma Rodrigo Mulinari, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
Linkedin Instagram Site
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
Linkedin Instagram Site
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.