Cacau sobe para máxima de 2 anos na ICE e açúcar branco atinge pico de 6 meses

Os contratos futuros de cacau de Nova York na ICE subiram para seu nível mais alto em mais de dois anos nesta segunda-feira, com os fundos estendendo posições compradas em um cenário de aperto na oferta, enquanto os preços do açúcar também subiam.

Cacau

O cacau de maio de Nova York fechou em alta de 18 dólares, ou 0,6%, para 2.902 dólares a tonelada, após atingir o pico de 2.923 dólares – o nível mais alto para o primeiro vencimento desde dezembro de 2020.

Operadores disseram que o recente aumento foi impulsionado em parte pela escassez de suprimentos na Costa do Marfim, onde as chegadas aos portos estão atrasadas em relação ao ritmo do ano passado.

O segundo maior produtor, Gana, deve produzir uma safra maior nesta temporada.

O cacau de maio de Londres subiu 6 libras, ou 0,3%, para 2.142 libras por tonelada.

Café

O café arábica de maio caiu 2,35 centavos, ou 1,3%, a 1,769 dólar por libra-peso.

O mercado segue travado em uma faixa recente até que haja mais clareza sobre o tamanho da nova safra brasileira.

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A consultoria Pharos disse em nota que os produtores brasileiros estão se abstendo de fechar as vendas a prazo, optando por esperar o início da colheita.

“As preocupações com a colheita no Brasil e na Colômbia estão dando suporte aos preços do café”, disse a Fitch Solutions em uma atualização mensal divulgada nesta segunda-feira.

O café robusta maio subiu 25 dólares, ou 1,1%, para 2.214 dólares a tonelada.

Açúcar

O açúcar branco de maio subiu 5,90 dólares, ou 1%, para 603,50 dólares a tonelada. O contrato atingiu o preço mais alto em seis meses antes, com a deterioração das perspectivas para a safra europeia.

“Achamos que a área de beterraba açucareira na Europa será a segunda menor em seis anos em 2023”, disse Stephen Geldart, analista da corretora Czarnikow. “Isso ocorre apesar dos preços da beterraba pagos aos agricultores aumentarem em até 50% este ano.”

O açúcar bruto de maio fechou em alta de 0,11 centavos, ou 0,5%, a 20,93 centavos de dólar por libra-peso.

Operadores disseram que o mercado foi impulsionado em parte pelos ganhos nos mercados de energia.