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Casas Bahia (BHIA3) divulgará balanço do 4T23 nesta segunda (25); prepare-se para um trimestre ‘pesado’, alertam analistas

25 mar 2024, 12:26 - atualizado em 25 mar 2024, 12:26
Casas Bahia - BHIA3
Vendo balanço ainda pesado, a Genial estima prejuízo em torno de R$ 700 milhões para Casas Bahia (Imagem: Divulgação/Casas Bahia)

A Casas Bahia (BHIA3) abre a leva de resultados corporativos da semana. Nesta segunda-feira (25), a varejista do e-commerce brasileiro reporta seus números do quarto trimestre de 2023, após o fechamento do mercado.

O mercado se prepara para mais um balanço difícil, com o consenso apontando um prejuízo líquido de R$ 424 milhões, de acordo com levantamento feito pela Bloomberg.

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Vendo resultados ainda “pesados”, a Genial Investimentos vai além: o prejuízo, na visão da corretora, deve ficar em torno de R$ 700 milhões, 4,3 vezes maior em relação ao quarto trimestre de 2022.

“Em nossa visão, o montante deve ser levemente melhor do que o reportado no terceiro trimestre de 2023 (negativo em R$ 836 milhões), dada a melhora sequencial no Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] da companhia”, afirmam os analistas Iago Souza, Vinicius Esteves e Nina Mirazon, em relatório publicado em 12 de março.

Segundo a Genial, com um ambiente macroeconômico desafiador para o segmento de eletroeletrônicos e o plano de reestruturação em andamento, a Casas Bahia deve entregar “mais um trimestre a ser esquecido” em termos de rentabilidade.

Volume de vendas vai pesar; eis 4 motivos

A Genial acredita que a varejista mostrará uma piora na tendência de vendas, com desaceleração em seus três canais (lojas físicas, 1P online e 3P).

Os analistas listam quatro motivos para isso:

  1. cenário macroeconômico ainda pressionado, visto que os efeitos da queda dos juros e a inflação ainda não refletem uma redução do endividamento familiar e aumento da confiança do consumidor ao longo do trimestre;
  2. uma das principais metas da reestruturação da companhia, o fechamento de lojas não rentáveis deve pressionar a receita bruta de lojas; a Genial estima um fechamento de 17 unidades ao longo do quarto trimestre, totalizando 55 encerramentos em 2023;
  3. cenário para itens da categoria 1P segue desafiador; além do impacto macro, outro fator deve pressionar o crescimento: a base de comparação difícil, visto que houve uma forte venda de televisores durante a Copa do Mundo, no quarto trimestre de 2022.
  4. além dos dados da categoria 1P, a performance no 3P deve se mostrar fraca, com o marketplace da Casas Bahia se destoando de seus principais pares Magazine Luiza (MGLU3) e Mercado Livre.

“A nossa perspectiva é que Casas Bahia deve apresentar uma perda de volume de compra no período. Estimamos um GMV [volume bruto de mercadorias] bruto 3P de R$ 1,6 bilhão (-5,9% ano/ano)”, comenta a equipe de análise.

No consolidado, a Casas Bahia deve entregar um GMV bruto total de R$ 10,3 bilhões no quarto trimestre de 2023, queda de 11,6% no comparativo anual, diz a Genial.

Margem ainda sob pressão

Assim como nos trimestre anteriores, os últimos três meses de 2023 do grupo devem ser marcados por margens pressionadas, ainda tendo no radar o saldão de estoques da companhia (também parte do plano de reestruturação).

A Genial está na expectativa por um lucro bruto de R$ 1,9 bilhão, queda anual de 30,5%, e margem bruta de 26% (-540 pontos-base ano/ano).

A corretora ressalta, no entanto, que o pior patamar de rentabilidade foi atingido no terceiro trimestre.

“A partir daqui, entendemos que o grupo deve apresentar uma melhoria gradual de rentabilidade”, destaca.

A Genial tem recomendação de “manter” para BHIA3, com preço-alvo em 12 meses de R$ 9,50.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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