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Casas Bahia (VIIA3) desaba 35% na Bolsa em semana agitada; veja resumo e recomendação para ações

16 set 2023, 14:19 - atualizado em 16 set 2023, 14:19
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Casas Bahia derreteu 35,59% na Bolsa nos últimos dias, caindo para o patamar dos R$ 0,76 (Imagem: Divulgação/Casas Bahia)

As ações da Casas Bahia (VIIA3), ex-Via, foram, de longe, o destaque negativo do Ibovespa na semana. O tombo superou os 30% em meio ao andamento de uma oferta de ações da varejista de e-commerce.

A Casas Bahia derreteu 35,59% na Bolsa nos últimos dias, caindo para o patamar dos R$ 0,76.

O noticiário corporativo da empresa começou com a aprovação pelos acionistas da mudança da denominação social para Grupo Casas Bahia.

A partir de 20 de setembro de 2023, as ações da companhia passarão a ser negociadas na Bolsa sob novo código de negociação, o BHIA3, substituindo o ticker atual VIIA3.

Em comunicado aos acionistas, a Via disse que o novo posicionamento da marca reforça a estratégia da companhia de “focar no DNA da sua principal bandeira, resgatando o histórico de bons resultados das categorias core, nas quais somos especialistas e reconhecidos como destino de compras”.

No entanto, o que realmente mexeu com a empresa na Bolsa foi a oferta subsequente de ações (follow-on) com deságio que se aproxima dos 30%. A Casas Bahia precificou na quarta (13) a operação a R$ 0,80 por ação, representando um desconto de quase 28%. A oferta levantou, dessa forma, R$ 622 milhões, bem abaixo do valor inicialmente sugerido, em torno de R$ 1 bilhão.

Segundo a Casas Bahia, do preço por ação de R$ 0,80, o valor de R$ 0,40 será destinado à conta de capital social da companhia, totalizando a quantia de R$ 311,4 milhões em aumento do capital social.

Os outros R$ 0,40 por ação serão destinados à formação de reserva de capital, em conta de ágio na subscrição de ações.

Só no pregão pós-precificação de oferta, as ações da varejista desabaram quase 19%.

Agência rebaixa rating

Ao Giro do Mercado, o analista Fernando Ferrer, da Empiricus Research, levanta a possibilidade de o valor da oferta ser ainda menor, visto que o rating dos certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) da companhia foi rebaixado pela agência de classificação de risco S&P.

Com isso, investidores que haviam feito a reserva na oferta de ações puderam desistir da operação. Além disso, os credores dos CRIs poderão declarar o vencimento antecipado dos títulos.

Com isso, a empresa teria, possivelmente, que usar parte do dinheiro da oferta de ações para honrar esses compromissos, alertou Ferrer.

A agência de classificação de risco S&P cortou a nota da vigésima emissão de CRIs da Opea Securitizadora, que são lastreados na oitava emissão de debêntures do grupo. A nota foi revisada de “brAA-” para “brA-“. No início do mês, a agência já havia reduzido o rating do grupo.

Aposte em outra ação do e-commerce

A Empiricus não vê atratividade na ação da Casas Bahia, mesmo após o tombo de 68,3% no ano.

Ferrer levanta que o plano estratégico apresentado pela companhia na época da divulgação dos resultados do segundo trimestre, mas acredita que “está ficando cada vez mais difícil de executá-lo”.

“Não topo esse risco. Independentemente de quanto você ganhou ou perdeu com a ação, é vender e comprar um ativo em que você enxergue mais potencial”, defende o analista.

Confira abaixo a ação favorita da casa dentro do setor de e-commerce:

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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