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CCR (CCRO3) e EcoRodovias (ECOR3): O impacto da falta de reajuste no pedágio em SP, segundo a XP

01 jul 2022, 10:44 - atualizado em 01 jul 2022, 10:44
CCR
CCR e a EcoRodovias estão igualmente expostas às concessões de SP (Imagem: Reprodução/ YouTube da CCR)

O anúncio realizado nesta quinta-feira (30) pelo governo de São Paulo (SP) de que não haverá reajuste nas tarifas de pedágio este ano impacta negativamente a CCR (CCRO3) e EcoRodovias (ECOR3), segundo a XP Investimentos.

Os reajustes seriam de 11,73%. O governador do Estado, Rodrigo Garcia, destacou que a decisão foi uma resposta ao aumento dos preços dos combustíveis e que os contratos de concessão serão reequilibrados.

A XP vê a notícia como negativa do ponto de vista regulatório e de fluxo de caixa, com o caixa de ambas as empresas pressionado no curto prazo. Em relação a valuation, a corretora é neutra, “pois é intenção do governo reequilibrar totalmente os contratos daqui para frente”.

De acordo com Pedro Bruno e Lucas Laghi, que assinaram o relatório da XP, a CCR e a EcoRodovias estão igualmente expostas às concessões de SP.

“As operações das empresas têm grande exposição ao Estado, 46% do Ebitda de 2021 para CCR e 43% para EcoRodovias. Portanto, acreditamos que ambas devem ter um impacto relevante no fluxo de caixa resultante da medida”.

As ações da CCR abriram em queda de 0,87%, a R$ 5,70, enquanto as da EcoRodovias recuavam 2,26%, a R$ 12,53. O Ibovespa também opera no negativo.

Nem tudo é ruim

As analistas da XP veem como positivo o fato de a EcoRodovias ter feito um aditivo contratual para a Eco135, adicionando R$ 230 milhões em novos investimentos, em obras no anel viário de Montes Claros.

“A EcoRodovias será remunerada a 8,47% reais desalavancados, via 30 meses de outorga perdida (R$ 244 milhões) e redução de capex (investimento) em outro trecho (R$ 44 milhões)”.

A XP estima um impacto de valor presente líquido (VPL) para a EcoRodovias “relativamente pequeno, menos de 1% do valor de mercado da companhia”.

Reequilíbrio financeiro com auxílio da ABCR

Bruno e Laghi acreditam que as empresas contaram com o auxílio da Associação Brasileira de Concessões Rodoviárias (ABCR), para tentar negociar com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e com o governo um reequilíbrio de caixa, e não, via extensão de contrato.

“Isso ajudaria a recompor o fluxo de caixa das concessões e seria especialmente importante para as empresas mais alavancadas do setor. Caso não seja via pagamento à vista, esperamos reequilíbrio através dos outros métodos conhecidos do setor”, pontuam os analistas.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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