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CCR (CCRO3) vê mais de R$100 bi em oportunidades e vai disputar mais leilões nos próximos meses

01 nov 2024, 12:37 - atualizado em 01 nov 2024, 12:37
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Apenas em dezembro, o governo federal pretende fazer cinco leilões de rodovias. (Imagem: WikiaMedia Commons)

A CCR (CCRO3) está vendo mais de 100 bilhões de reais em oportunidades de novos projetos de concessões de rodovias nos próximos anos no Brasil e vai disputar novos leilões nos próximos seis meses, afirmou o presidente-executivo do maior grupo de infraestrutura de transporte do país, Miguel Setas, nesta sexta-feira.

“Vamos ser muito seletivos…É esperado que participemos de novas licitações nos próximos seis meses”, afirmou o executivo em conferência com analistas após a publicação dos resultados do terceiro trimestre da companhia na noite da véspera.

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O comentário foi feito depois que a CCR venceu na quarta-feira o primeiro leilão dos três que participou no último ano e meio. A empresa levou a Rota Sorocabana, um conjunto de rodovias no interior de São Paulo que a empresa considera como “estratégico” para seu portfólio.

Segundo Setas, a CCR já opera 130 quilômetros que reúnem 80% da receita esperada para a Rota Sorocabana e por isso conseguiu ver oportunidades adicionais no empreendimento, o que permitiu à empresa ser “competitiva” no leilão em que superou a Ecorodovias na etapa viva-voz.

Setas afirmou que o foco da CCR nos próximos leilões de infraestrutura no país está sobre rodovias e mobilidade urbana, como trens e metrô. Nesse segmento, a empresa vê um conjunto de ativos sendo ofertado à iniciativa privada nos próximos anos que soma de 60 bilhões a 70 bilhões de reais, disse o executivo.

Em aeroportos, a companhia deve concluir neste ano processo de redução de risco em seu portfólio, o que deve abrir espaço para a CCR “considerar movimentos de consolidação”, disse o presidente-executivo do grupo. “O mercado é muito fragmentado e há oportunidades de consolidação nesse mercado. O ano de 2025 será, seguramente, ano que a companhia vai trabalhar nessa agenda de criação de valor”, acrescentou.

Questionado se a empresa poderia eventualmente desistir de algum dos projetos caso a disputa em leilão reduza a atratividade do empreendimento, Setas respondeu que “sim”.

“Se os padrões de rentabilidade não cumprirem os nossos requisitos de alocação de capital, mas as oportunidades são tão abundantes que a probabilidade da CCR não ganhar alguma coisa relevante é baixa”, afirmou o executivo.

“As opções são tão expressivas e os balanços das companhias não são infinitos e por isso entendemos que teremos boas oportunidades com rentabilidade adequeda”, acrescentou.

Apenas em dezembro, o governo federal pretende fazer cinco leilões de rodovias que somam investimentos previstos em melhorias de 32,4 bilhões de reais: a chamada Rota da Celulose, no Mato Grosso do Sul; os lotes 3 e 6 de rodovias do Paraná; a ponte de São Borja, entre Rio Grande do Sul e a Argentina; e a Rota Verde, em Goiás.

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reuters@moneytimes.com.br
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