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CDBs que rendem até 15% ao ano, pagando juros acima da taxa Selic a 13,75%

22 mar 2023, 12:51 - atualizado em 22 mar 2023, 12:51
CDBs
CDBs chegam a oferecer taxas de retorno de até 15% ao ano; saiba como avaliar de maneira simples o risco de crédito (Imagem: Divulgação)

Os CDBs (Cerificados de Depósitos Bancários) continuam no radar dos investidores em tempos de renda fixa pagando juros acima de 1% ao mês.

Emprestar dinheiro para bancos e financeiras pode render taxas de até 15% ao ano, ganhos acima da Selic a 13,75% ao ano.

Quando o investidor aplica em CDB, é importante selecionar títulos bancários que oferecem retornos superiores aos títulos públicos no Tesouro Direto, já que o investimento tem um risco de crédito maior do que emprestar o dinheiro ao governo brasileiro.

Após as liquidações recentes da BRK Financeira e da Portocred, ficou mais claro que nem sempre uma taxa de retorno bem acima do CDI é uma boa escolha no fim das contas, se o risco de calote também é maior.

Nesses episódios, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) levou em torno de 30 dias para começar a pagar os investidores de renda fixa, cobrindo quantias de até R$ 250 mil por CPF. Porém, o rendimento de juros dos CDBs foi interrompido a partir do momento da liquidação das instituições.

Como avaliar um CDB

Uma avaliação de crédito simples que o investidor de renda fixa pode executar antes de aplicar em CDBs é verificar os indicadores financeiros da empresa no site Banco Data.

Na análise, é preciso checar se o banco ou financeira a quem você deseja emprestar o dinheiro terá condições de honrar a devolução com juros. Vale considerar o índice de Basileia (sempre acima de 10,5%) e o índice de imobilização (sempre abaixo de 50%).

Também é esperado que bancos e financeiras registrem lucros em seus resultados, como sinal de saúde financeira.

Entre os CDBs com um grau de risco de crédito maior, presente no levantamento, está o Will Financeira.

Segundo o Banco Data, a empresa tem um índice de Basileia de 7,3%, abaixo do recomendado pelo Banco Central, mas com um índice de imobilização de 5,8% (dentro do esperado). Na parcial de 2022, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 49,5 milhões.

CDBs mais rentáveis

Money Times apurou que os CDBs com as taxas de rentabilidade mais expressivas nos mercados primário e secundário de renda fixa giravam ao redor de 15% ao ano, de acordo com dados do TradeMap.

Investimento Rentabilidade Taxa de carrego Aporte mínimo (R$) Corretora
CDB – BTG Pactual 15,08% IPCA + 9,51% 5.000,00 Nova Futura
Vencimento Ganho no CDB (R$) Ganho na Poupança (R$) Taxa de Imposto de Renda
21/03/2024
5.762,28 5.394,33 17,50%
Investimento Rentabilidade Taxa de carrego Aporte mínimo (R$) Corretora
CDB – Lebes Financeira 14,81% 127% do CDI 1.000,00 Nova Futura
Vencimento Ganho no CDB (R$) Ganho na Poupança (R$) Taxa de Imposto de Renda
14/02/2029
2.360,18 1.615,77 15%
Investimento Rentabilidade Taxa de carrego Aporte mínimo (R$) Corretora
CDB – Will Financeira 14,56% 125% do CDI 1.060,00 Nu Invest
Vencimento Ganho no CDB (R$) Ganho na Poupança (R$) Taxa de Imposto de Renda
05/02/2028
2.120,73 1.576,48 15%
Investimento Rentabilidade Taxa de carrego Aporte mínimo (R$) Corretora
CDB – Banco Master 14,50% 124,50% do CDI 1.000,00 Toro Investimentos
Vencimento Ganho na Debênture (R$) Ganho na Poupança (R$) Taxa de Imposto de Renda
17/07/2026
1.590,94 1.310,41 15%

Os preços e as taxas dos CDBs foram consultados no dia 22 de março de 2023. Os valores podem oscilar em razão da oferta e demanda dos títulos nos mercados primários e secundários de renda fixa.

É possível que o investidor venda um CDB antes do prazo de resgate (vencimento) no mercado secundário, podendo haver prejuízo na operação, a depender de quanto o mercado está disposto a pagar pelo título bancário no momento. 

Na outra ponta, outro investidor pode comprar o CDB no mercado secundário com vencimento mais curto e chance de retorno maior, enquanto houver oferta daquele produto na corretora.

O melhor momento para acessar o mercado secundário é logo após a abertura do mercado às 10h (horário de Brasília).

Todos os CDBs mencionados na matéria têm a cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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