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Cenário piora para geradoras de energia, mas duas ações ainda valem a pena

26 ago 2021, 17:32 - atualizado em 26 ago 2021, 17:32
Ômega Geração
O Itaú BBA tem boas perspectivas para a continuidade da tendência de ganhos da Omega (Imagem: YouTube/Omega Energia)

O Itaú BBA enxerga uma virada na tendência de maior apetite ao risco entre os investidores. Diante de uma piora no cenário macroeconômico brasileiro, os analistas esperam que os investidores optem por nomes mais defensivos, negociados a um valuation mais atrativo na Bolsa.

Entre as empresas de geração de energia elétrica, o Itaú BBA vê Engie Brasil (EGIE3) e Omega Geração (OMGE3) com a melhor relação risco-retorno.

A taxa de juros crescente e a piora da crise hídrica levaram a uma deterioração do panorama das elétricas, empurrando as ações das geradoras para baixo. Quem está bem posicionado para se beneficiar dos atuais desafios é a Omega, dada a sua exposição a ativos de fontes sustentáveis (eólica e solar).

O Itaú BBA tem boas perspectivas para a continuidade da tendência de ganhos da Omega. A companhia, além de se beneficiar de uma melhor sazonalidade neste segundo semestre do ano, tem um bom histórico de alocação de capital. Suas últimas aquisições, como a fatia de 50% do Complexo Eólico Ventos da Bahia 3 por até R$ 422 milhões, também têm bom potencial para gerar valor à companhia.

No caso da Engie, os analistas acreditam que a companhia está relativamente confortável com o balanço energético, mitigando os impactos do GSF (risco hidrológico). Além disso, espera-se que a empresa conclua a venda das plantas de carvão Jorge Lacerda e Pampa Sul até o fim do ano, encerrando sua exposição ao mineral para focar mais em ESG (Environmental, Social and Corporate Governance, ou Governança Ambiental, Social e Corporativa em português).

“Vemos a Engie como uma companhia de qualidade, com um excelente histórico de alocação de capital e um valuation atrativo (negociando a uma IRR [taxa interna de retorno] implícita de 8,7%”, disse a equipe de análise de Utilities do Itaú BBA.

Cesp
Os analistas do Itaú BBA não veem razão para comprar a ação da Cesp no curto prazo (Imagem: Cesp)

Em relação à Cesp (CESP6), embora a ação seja negociada a um bom preço, os analistas não veem razão para comprá-la no curto prazo. Entre os motivos estão o cenário de crise hídrica, a baixa visibilidade do pagamento de compensação de Três Irmãos e a falta de claridade envolvendo a estratégia de crescimento da companhia.

O Itaú BBA manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para Engie e Omega, mas cortou o preço-alvo das ações para, respectivamente, R$ 43,80 e R$ 37,80.

Para a ação da Cesp, o Itaú BBA rebaixou a classificação para market perform (desempenho esperado em linha com a média do mercado). O preço-alvo foi reduzido de R$ 38 para R$ 24,50 ao fim de 2022 (desconsiderando dividendos).

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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