CEO Conference 2023

ChatGPT pode piorar o que já está ruim? CEO de fintech vê piora no mercado de trabalho das techs

15 fev 2023, 18:28 - atualizado em 15 fev 2023, 18:28
chatgpt tech
Conforme explica, o chatbot de inteligência artificial da OpenAI faz o básico de um funcionário de cargo júnior como programação e revisão de códigos (Imagem: ChatGPT/Reprodução)

O ChatGPT faz grande parte do trabalho de um tech júnior, afirmou Rodrigo Dantas, fundador da Vindi, o que pode ascender um alerta para o mercado de trabalho. A fala ocorreu no evento CEO Conference 2023, organizado pelo BTG Pactual, nesta quarta-feira (15).

Dantas comenta que o cenário de contratação nas empresas de tecnologia está se corrigindo, após uma grande procura no último ano. O CEO compara o conhecimento técnico do ChatGPT com o de um “júnior tech”, cargo no mercado tech.

Conforme explica, o chatbot de inteligência artificial da OpenAI faz o básico de um funcionário de cargo júnior como programação e revisão de códigos.

A conclusão de Dantas é que daqui para frente, as empresas irão começar a demandar mais conhecimento técnico e ser mais seletivas em relação aos profissionais contratados.

 Gestão das Techs em tempos de crise

Além de Dantas, o painel contou com Marcelo França, CEO e Fundador da Celcoin e Rodrigo Cunha, cofundador da Neurotech com moderação de Pedro Compani, Head do BoostLAB – BTG Pactual.

“A nova safra de pessoas agora vão precisar entregar resultados, se informar mais, e ser melhor formados”, diz Dantas

Um consenso geral entre os participantes foi de que no cenário de pandemia, com o grande estímulo econômico dos bancos centrais, os salários de funcionários de tecnologia estavam exorbitantes, isso devido a um crescimento das Big techs. Mas hoje, com a taxa de juros mais alta, o cenário não é mais o mesmo.

“Não apenas de pessoas, como no valuation de startup. A conta da Google, Microsoft, era impensável. Existe uma oportunidade única para empresas bem posicionadas hoje”, diz Rodrigo Cunha, Cofundador da Neurotech.

Cunha avalia que a alta demanda superava a oferta de funcionários até o ano passado: “Era melhor um júnior precificado um pouco acima do que não ter”, diz. “No nosso caso, temos várias vagas em aberto, estamos contratando”, completa.

Para ele, a faixa salarial estava sobre precificada, com salários mais generosos do que realmente deveriam ser. Hoje está havendo uma correção. 

Outro ponto levantado foram os modelos de trabalho. Para as pessoas que saíram de seus cargos durante a pandemia, existe a falta do presencial, disse o CEO da Neurotech.

“Temos apostado muito no híbrido. Conexão com as pessoas faz falta”, afirma Cunha.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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