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China: Como a flexibilização dos preços dos imóveis pode afetar a economia e o mundo?

28 set 2023, 17:01 - atualizado em 28 set 2023, 17:09
China e crise no setor imobiliário
Valores no setor imobiliário chinês começa a ser flexibilizado em algumas cidades. (Imagem: REUTERS/Aly Song)

O setor imobiliário da China teve uma flexibilização nos preços dos imóveis, após a redução do controle imposto às incorporadoras chinesas. Agora, o mercado quer entender como isso afeta a economia global.

O setor, que já foi o pilar da economia chinesa, entrou em crise em 2020, quando começou uma reestruturação para evitar o excesso de movimento especulativo.

Diversas empresas foram proibidas de oferecer descontos de 10% a 15% sobre os imóveis que não foram vendidos. Em algumas cidades, foi imposto, inclusive, um piso aos preços de venda de casas já construídas. Agora, alguns governos locais estão afrouxando essas medidas.

Analistas ainda não sabem dizer o real impacto desta flexibilização, uma vez que a queda dos preços dos imóveis poderia facilitar a compra, mas ainda assim não encheria o bolso das incorporadoras que precisam pagar suas dívidas aos bancos.

O banco ANZ disse em relatório que o alerta é para risco de preços mais baixos após a retirada das restrições, desencadeando uma espiral de quedas, de acordo com o Valor Econômico.

Se os valores dos imóveis caírem 30% na China – tanto quanto caíram em Tóquio e Hong Kong durante recessões passadas -, cerca de 12% da carteira de empréstimos imobiliários do país de US$ 5,3 trilhões, que representam cerca de US$ 640 bilhões em hipotecas, teria um patrimônio líquido negativo, o que significa que as propriedades valeriam menos do que suas hipotecas, ainda segundo a publicação, que cita o documento. Se os preços caírem pela metade, cerca de 51% das hipotecas ficariam negativas.

“O patrimônio negativo poderá pegar as famílias e as autoridades desprevenidas” na China, alerta o relatório ANZ, de acordo com o site. “Qualquer efeito bola de neve resultante disso poderia ter consequências imprevisíveis”.

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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