Internacional

China corta taxas de empréstimos para reanimar demanda

20 jun 2023, 8:23 - atualizado em 20 jun 2023, 8:23
Argentina
O afrouxamento monetário ocorre no momento em que a recuperação pós-pandemia na China mostra sinais de perda do ímpeto inicial visto no primeiro trimestre. (Imagem: REUTERS/Florence Lo)

A China cortou suas principais taxas de referência de empréstimos nesta terça-feira, as primeiras reduções em 10 meses, à medida que as autoridades buscam sustentar a recuperação econômica, embora as preocupações com o mercado imobiliário signifiquem que o afrouxamento não foi tão grande quanto o esperado.

O mais recente afrouxamento monetário ocorre no momento em que a recuperação pós-pandemia na segunda maior economia do mundo mostra sinais de perda do ímpeto inicial visto no primeiro trimestre.

A taxa primária de empréstimo (LPR) de um ano foi reduzido em 10 pontos base, para 3,55%, enquanto a LPR de cinco anos sofreu corte pela mesma margem, para 4,20%.

Embora todos os 32 participantes de uma pesquisa da Reuters projetassem reduções em ambas as taxas, o corte na taxa de cinco anos foi menor do que muitos esperavam.

“Esses cortes reduzirão o custo de novos empréstimos, bem como os pagamentos de juros de empréstimos existentes”, disse Julian Evans-Pritchard, chefe de economia da China na Capital Economics.

“Isso deve oferecer algum suporte modesto à atividade econômica. Mas achamos que é improvável que leve a uma forte aceleração no crescimento do crédito, dada a demanda fraca por crédito.”

O Banco do Povo da China (PBOC) reduziu as taxas de juros de curto e médio prazo na semana passada.

A taxa do instrumento de empréstimo de médio prazo (MLF) serve como um guia para a LPR e os mercados geralmente veem a taxa de médio prazo como um precursor de quaisquer mudanças nos referenciais de empréstimos de longo prazo.

Xing Zhaopeng, estrategista sênior da ANZ para a China, disse que o corte menor do que o esperado para a taxa de cinco anos sugere que as autoridades estão cautelosas em usar o mercado imobiliário como uma forma de estímulo de curto prazo, o que pode criar novos riscos de bolha.

“Isso mostra que a política ainda dá prioridade à nova economia e apenas garantirá um pouso suave da velha economia, em vez de um novo estímulo”, disse Xing.

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reuters@moneytimes.com.br
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